Rússia e Ucrânia trocaram 146 prisioneiros de guerra de cada lado neste domingo, a mais recente de uma série de trocas que resultaram na libertação de centenas de pessoas, anunciou o Ministério da Defesa russo. As trocas de prisioneiros em larga escala foram o único resultado tangível de três rodadas de negociações entre as delegações russa e ucraniana realizadas em Istambul entre maio e julho e são uma das poucas áreas de cooperação entre os dois países desde o início da ofensiva russa em 2022. Dia da Independência: Ucrânia lança ataques com drones contra Rússia Leia também: incêndio atinge usina nuclear russa após drone ucraniano ser abatido Em uma mensagem em seu canal do Telegram, o ministério russo confirmou que "146 militares russos foram devolvidos do território controlado" por Kiev na Ucrânia e, "em troca, 146 prisioneiros de guerra" da Ucrânia foram transferidos para seu país. Moscou acrescentou que a Ucrânia devolveu à Rússia oito cidadãos residentes na região de Kursk (a oeste da Rússia), "detidos ilegalmente" por Kiev. Forças ucranianas lançaram uma incursão surpresa em Kursk em agosto do ano passado, tomando centenas de quilômetros quadrados de território, um grande revés para o Kremlin. A Rússia enviou milhares de tropas de sua aliada Coreia do Norte como parte de um contra-ataque, mas só recuperou totalmente o controle da região em abril deste ano. Um dos ucranianos libertados neste domingo é o jornalista Dmitry Khiliuk, informou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O presidente ucraniano afirmou que o repórter "foi sequestrado na região de Kiev em março de 2022". O ex-prefeito de Kherson Volodymyr Mikolayenko, "que passou mais de três anos em cativeiro", também foi libertado, informou o assessor de Zelensky, Andrii Yermak, na plataforma de mídia social X. Yermak observou que Mikolayenko estava em uma lista de troca desde 2022, mas voluntariamente cedeu seu lugar para beneficiar prisioneiros feridos com quem dividiu uma cela durante seu cativeiro.