Meta é acusada de usar ilegalmente 2,4 mil filmes pornôs para treinar IA

A Meta foi acusada de usar 2.396 filmes pornográficos para treinar sua inteligência artificial (IA). As produtoras Strike 3 Holding e a Counterlife afirmam que a empresa de Mark Zuckerberg "violou de forma intencional e deliberada" vídeos com direitos autorais desde 2018. A Meta não se manifestou. O processo foi movido na Califórnia na sexta-feira passada. As duas empresas buscam indenizações que podem chegar a US$ 359 milhões (R$ 1,97 bilhão). A Strike 3 é a litigante de direitos autorais mais ativa dos Estados Unidos, segundo a plataforma TorrentFreak. Na maioria dos casos, a produtora aciona pessoas que fazem o download do conteúdo por meio do BitTorrent e os compartilha de graça na internet. O caso também envolve o uso não autorizado do BitTorrent, um método de baixar e compartilhar arquivos online. Segundo o processo, a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp baixou filmes "de fontes piratas com finalidade de adquirir conteúdo para treinar seu Meta Movie Gen, modelo de linguagem LLaMA, assim como vários outros modelos seus de IA que dependem de conteúdo em vídeo para treinamento". Isso sugere que, além de baixar, a empresa também os compartilhava. A tese se baseia no funcionamento do BitTorrent: quanto mais alguém compartilha arquivos, mais rápido consegue fazer downloads. "A Meta fez a escolha deliberada de semear os filmes dos autores para se beneficiar de velocidade de download mais rápida, de modo a poder infringir outros conteúdos, aumentando sua velocidade de download", diz a denúncia. Estadão Conteúdo