Mercúrio contamina comunidades na Amazônia Doze vídeos que incentivavam a venda ilegal de mercúrio metálico foram retirados do YouTube após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas. Os conteúdos eram voltados a pessoas interessadas em usar o produto em garimpos ilegais de ouro na Amazônia. ​​ Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Segundo o MPF, os vídeos tinham grande alcance e eram utilizados para divulgar o comércio do produto sem autorização dos órgãos competentes. A recomendação foi enviada em abril deste ano e faz parte de uma série de medidas para combater a disseminação de conteúdos ilícitos na plataforma. O procurador da República André Luiz Porreca, responsável pelo caso, afirmou que a remoção representa um avanço no enfrentamento ao comércio ilegal. “Interrompe a perpetuação da atividade criminosa e demonstra o reconhecimento, pela própria plataforma, da ilegalidade do conteúdo”, disse. O MPF recomendou que o YouTube implemente ferramentas mais eficazes para identificar e bloquear conteúdos que violem direitos fundamentais. O caso segue em investigação por meio de um inquérito civil. A medida faz parte do Projeto Rede sem Mercúrio, criado pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental, que atua no combate à mineração ilegal. A iniciativa já levou a recomendações e acordos com empresas como Mercado Livre, OLX, Facebook, Instagram e B2Brazil. LEIA TAMBÉM MPF recomenda que Ibama proíba totalmente uso de mercúrio para mineração na Amazônia Estudo detecta mercúrio em peixes do rio Madeira e alerta ribeirinhos para riscos à saúde Prática do garimpo ilegal foi constatada durante operação da PF no Sul do Amazonas. Divulgação/Polícia Federal