Trump denuncia ‘expurgo’ na Coreia do Sul antes de se encontrar com o presidente Lee

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (25) que um "expurgo ou revolução" parecia estar em andamento na Coreia do Sul, horas antes de receber o presidente Lee Jae Myung na Casa Branca. "O que está acontecendo na Coreia do Sul? Parece um Expurgo ou Revolução. Não podemos permitir isso e fazer negócios lá", publicou Trump, sem especificar ao que se referia. No domingo, os promotores sul-coreanos pediram a prisão do ex-primeiro-ministro Han Duck-soo, acusando-o de ajudar o ex-presidente Yoon Suk Yeol a declarar lei marcial em dezembro. Yoon foi destituído em abril. O líder sul-coreano será recebido ao meio-dia, horário local (13h00 no horário de Brasília), por Trump, com quem se reunirá no Salão Oval, onde seu anfitrião já repreendeu publicamente os presidentes ucraniano e sul-africano. Resta saber se o encontro também se tornará uma armadilha para o presidente Lee, considerado um esquerdista, que assumiu o poder em junho. A mensagem de Trump pode se referir à crise política na Coreia do Sul, que atingiu seu pico no final de 2024, e aos processos judiciais que se seguiram. O ex-presidente sul-coreano Yoon, que tentou derrubar o poder civil em 3 de dezembro de 2024 enviando soldados armados ao Parlamento, está atualmente detido, assim como sua esposa. O novo presidente viaja a Washington em busca de acordos sobre questões comerciais e sobre a estratégia a ser adotada em relação à Coreia do Norte, cujo líder Kim Jong Un supervisionou testes de mísseis de defesa aérea no sábado, segundo a agência de notícias oficial KCNA. A discussão deve abordar de forma mais ampla a aliança militar entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, onde 28.500 soldados americanos estão mobilizados. Trump critica frequentemente os custos dos Estados Unidos para garantir a segurança de seus aliados. © Agence France-Presse