O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta segunda-feira, 25, a realização de uma comissão geral para debater a reforma administrativa. A sessão está marcada para o próximo dia 3 de setembro e deve reunir parlamentares de diferentes bancadas em torno do tema. Em publicação nas redes sociais, Motta destacou a urgência da reforma administrativa, a qual visa à modernização do serviço público: “Esse tema não pode mais ser adiado, pois diz respeito à espinha dorsal da República: a capacidade do Estado de servir de forma eficiente e justa”. + Leia mais notícias de Política em Oeste “O Brasil precisa de coragem para enfrentar suas verdades”, afirmou. “E uma delas é inescapável: o Estado brasileiro não está funcionando na velocidade da sociedade. A cada dia, a vida real cobra mais do que a máquina pública consegue entregar. E, quando o Estado falha, é o cidadão quem paga a conta.” Motta também reforçou que a decisão de realizar uma comissão especial foi articulada em conjunto com o coordenador do grupo de trabalho da reforma, Pedro Paulo (PSD-RJ). Apesar do empenho da presidência da Câmara em acelerar a tramitação, a reforma enfrenta resistência dentro da base do governo Lula. Na gestão anterior, do deputado Arthur Lira (PP-AL), a pauta acabou paralisada. Proposta da reforma administrativa A reforma administrativa vem sendo analisada desde maio por um grupo de 17 parlamentares, sob relatoria de Pedro Paulo. Segundo informações da CNN Brasil, o parecer deve ser dividido em três frentes: uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e um Projeto de Lei Ordinária (PL). O texto reúne cerca de 70 medidas distribuídas em quatro eixos: Estratégia, governança e gestão; Transformação digital; Profissionalização do serviço público; e Combate a supersalários e privilégios. Entre os pontos centrais estão a criação de uma tabela nacional única de remuneração para servidores, o fim das férias de 60 dias — com exceção para professores e profissionais da saúde em situação de risco — e limites para supersalários nos Três Poderes. A proposta também diferencia verbas indenizatórias das remuneratórias, estabelece novas regras para contratações temporárias e prevê a possibilidade de bônus, como 14º e 15º salários, condicionados ao cumprimento de metas e à saúde fiscal do ente federativo. O post Motta, sobre a reforma administrativa: ‘O tema não pode mais ser adiado’ apareceu primeiro em Revista Oeste .