Barbalho promete COP30 com participação diplomática superior a Baku e diz que preços de hospedagens estão próximos de ‘patamar razoável’

Apesar das reclamações públicas de representantes de outros países sobre as condições logísticas de Belém, capital do Pará, para receber a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), o governador do estado, Helder Barbalho (MDB), disse nesta segunda-feira, 25, que os preços de hospedagens estão se aproximando de um “patamar razoável” e que espera participação diplomática superior à edição anterior, em Baku, no Azerbaijão. — Os preços de hospedagem ainda representam um desafio, porém, com as medidas assertivas, eles estão chegando dentro de um patamar razoável para a alta estação — declarou Barbalho, alegando que foi garantida a reserva de 10 a 15 quartos a cada uma das 196 delegações. O governador do Pará participou de um painel com outros quatro governadores — Raquel Lyra (PSD), de Pernambuco, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás — organizado pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo. Ele também minimizou o fato de apenas 47 nações terem confirmado presença a 80 dias do evento: — Isto gera uma interpretação um quanto dúbia, porque fica parecendo inscrição de vestibular. Como se a inscrição fosse até hoje e quem não se inscreveu não viesse mais. Isso não existe, estamos todo dia aumentando a representação e tenho absoluta convicção de que teremos, em Belém, uma COP com participação diplomática maior do que foi em Baku. Alguns países, como a China, pretendem enviar centenas de representantes para a COP, o que pressiona a demanda por leitos. Além disso, os diplomatas compõem apenas uma parte dos convidados, com o temor de uma participação esvaziada de representantes da sociedade civil e mesmo dos povos originários no evento diante do encarecimento da viagem. Mesmo assim, Barbalho entende que o “simbolismo” de realizar uma conferência ambiental na Amazônia é um ganho considerável em relação ao Azerbaijão, que baseia grande parte da sua atividade econômica na exploração de combustíveis fósseis. — Não teve o simbolismo de fazer na Amazônia, principalmente em se tratando de uma COP que acontece dez anos depois do Acordo de Paris, um momento de revisão das metas de todos os países. Todos terão a responsabilidade de prestar contas e dizer quais são as suas ambições climáticas para os próximos anos.