Inércia do sono: médico explica por que acordar e ficar na cama não é preguiça

A inércia do sono é um processo neurológico que explica por que é tão difícil levantar-se quando o despertador toca, mesmo após uma boa noite de sono. Segundo o médico Alexandre Olmos, esse fenômeno ocorre porque o cérebro ainda não concluiu sua transição para o estado de vigília, afetando funções como atenção e tomada de decisões. Vegetal crucífero: O alimento que reduz em 20% o risco de câncer de intestino, segundo novo estudo Confiança em si mesmo: oito formas de fortalecer a autoconfiança, segundo a ciência Não se trata de falta de vontade nem de preguiça: ao acordar, o córtex pré-frontal funciona de forma limitada, como se o cérebro ainda estivesse “dormindo”. Esse processo é totalmente natural e pode durar de 15 minutos até duas horas, dependendo de fatores como a fase do sono em que ocorre o despertar, o nível de descanso acumulado e os ritmos circadianos. Como reduzir os efeito da inércia? Ignorar a inércia do sono e rotular como preguiça a dificuldade de se levantar imediatamente é um erro comum que contraria o que a neurociência revela. Ao acordar, o cérebro não ativa todas as suas funções de forma instantânea: o córtex pré-frontal, responsável por tomar decisões e reagir com clareza, permanece parcialmente inativo. Reconhecer que não se trata de preguiça, mas de uma reação biológica, é o primeiro passo para enfrentar melhor as manhãs. Alexandre Olmos sugere algumas estratégias para reduzir os efeitos da inércia do sono e ativar o cérebro mais rapidamente ao despertar: Respirar profundamente e mover-se imediatamente: essas ações ativam o sistema nervoso simpático, que coloca o corpo em funcionamento e aumenta o nível de alerta. Lavar o rosto com água fria: essa técnica estimula a liberação de dopamina, favorecendo o estado de vigília e melhorando o humor já nos primeiros minutos do dia. Expor-se a uma luz intensa ao acordar: abrir a janela ou acender uma lâmpada forte ajuda a regular o relógio biológico e acelerar a ativação cerebral. Evitar olhar o celular ao despertar: a exposição às telas atrasa a saída do “modo sono” e mantém o cérebro em estado passivo. Colocar o despertador longe da cama: obrigar o corpo a levantar-se para desligá-lo quebra a inércia inicial e ajuda a iniciar o movimento, fundamental para ativar o estado de alerta. Essas recomendações se baseiam em processos neurológicos reais e podem ser incorporadas facilmente à rotina diária para minimizar a inércia do sono e começar o dia com mais energia e clareza mental.