Fernando de Sousa Oliveira presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos, em Brasília TV Globo/Reprodução A Corregedoria da Polícia Federal decidiu punir, com 34 dias de suspensão, o delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira – que comandava as forças de segurança do Distrito Federal no dia dos atos golpistas no centro de Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Oliveira atuava, à época, como secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública, ou seja, era o "número 2" do então secretário Anderson Torres. Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça ➡️ Anderson Torres tomou posse na secretaria de Segurança do DF em 2 de janeiro de 2023 e viajou para o exterior quatro dias depois, em 6 de janeiro – dois dias antes dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Com a viagem, Oliveira foi deixado no comando das tropas. Atualmente, o delegado está lotado na Delegacia da PF em Santo Ângelo (RS) – cidade onde morava antes de vir para Brasília. O documento obtido pela TV Globo diz que Oliveira era "responsável, de fato e de direito, pela condução da segurança pública local no período que antecedeu os eventos de 8 de janeiro de 2023". A suspensão foi aplicada por Oliveira "ter deixado de adotar [...] providências minimamente diligentes e compatíveis com os alertas de inteligência que recebeu, os quais indicavam, com grau significativo de precisão, a iminência de ações violências contra prédios públicos da capital federal, praticando ato omissivo que comprometeu a função policial". Portaria com a punição disciplinar ao delegado da PF Fernando de Sousa Oliveira Reprodução A portaria com a suspensão foi assinada pela corregedora-geral da PF, Helena de Rezende, no último dia 14. A TV Globo tenta contato com Fernando de Sousa Oliveira e com a defesa dele. O g1 questionou a Polícia Federal sobre o início do cumprimento da punição, mas não obteve retorno. Câmara do DF inicia fase de depoimentos na CPI dos Atos Antidemocráticos Réu no STF Fernando de Sousa Oliveira é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos golpistas. A data do julgamento dele ainda não foi definida. O delegado da PF é listado como membro do chamado "núcleo 2". São os acusados que ocupavam posições profissionais relevantes e gerenciavam as ações elaboradas pela organização para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022. Além de Oliveira, estão nessa lista: Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro; Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência no governo Bolsonaro; Marília de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; Mário Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.