Fora mais uma vez, Neymar somará quase 1000 dias afastado da seleção no ciclo da Copa de 2026

Ao ficar de fora de mais uma lista da seleção brasileira, na convocação de Carlo Ancelotti para os jogos contra Chile e Bolívia, pelas Eliminatórias, Neymar chegará perto da marca simbólica de 1000 dias sem vestir a camisa do Brasil no ciclo da Copa do Mundo de 2026, somando duas grande ausências. O motivo oficial desta vez foi um edema na coxa, diagnosticado pelo Santos. O cálculo considera a soma de dois longos períodos de jejum de convocações. O primeiro foi entre a eliminação para a Croácia na Copa de 2002, o fim de um ciclo, em 9 de dezembro de 2022, e o retorno diante da Bolívia, em 8 de setembro de 2023 — um total de 273 dias fora, período marcado pela cirurgia no tornozelo direito e pela preparação física em meio a transferência para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O segundo começou após o duelo contra o Uruguai, em 17 de outubro de 2023, quando sofreu ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo. Desde então, Neymar não voltou mais a campo pela Seleção. Se a volta acontecer apenas na próxima Data Fifa, entre 6 e 14 de outubro, quando o Brasil terá amistosos preparatórios para a Copa, esse segundo período chegará, no mínimo, a 720 dias consecutivos sem atuar. Somados, os dois hiatos resultariam em um número entre 993 e 1000 dias (se ele jogar apenas no último dia da Data Fifa). Na prática, até hoje, Neymar participou de apenas 32 dias do trabalho da seleção nos 990 dias entre a eliminação para a Croácia e a data da convocação de Ancelotti. Historicamente, o camisa 10 já enfrentou outros afastamentos da amarelinha, mas nenhum chega perto do atual. 13/10/2019 a 09/10/2020 — 362 dias, ausência causada pelo calendário parado pela pandemia de Covid-19. 09/12/2022 a 08/09/2023 — 273 dias, período de recuperação da cirurgia no tornozelo. 13/10/2020 a 04/06/2021 — 234 dias, novo hiato em meio ao calendário pós-pandemia e questões físicas. Se confirmar o retorno apenas em outubro, Neymar terá ficado quase dois anos completos afastado da Seleção, mais que o dobro do maior intervalo anterior, com, no mínimo, 720 dias somados.