Até Arthur Virgílio Neto deixa os tucanos

Depois de perder seu último governador, Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, o PSDB encarou nesta segunda-feira, 25, outra saída de figura relevante: o ex-líder da bancada no Senado e ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto anunciou sua filiação ao Republicanos. Deve disputar uma cadeira de deputado federal. Arthur foi candidato ao Senado na eleição passada, mas amargou um terceiro lugar, com menos de 10% dos votos. Agora, aposta no voto evangélico, o forte dos Republicanos no estado. Essa saída foi premonitória. Hoje o PSDB conta com apenas 13 deputados federais. Três deles são do Mato Grosso do Sul, e já se dá como certa sua saída. Beto Richa, do Paraná, já tentou mudar de legenda, mas correu o risco de cassação e desistiu. É outro nome dado como certo na debandada. Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel, de Minas Gerais, podem até ficar, mas todo mundo sabe que Aécio quer tentar o Senado, apesar das chances minguadas de hoje. Os demais podem muito bem seguir o mesmo caminho. As tentativas de fusão ou federação examinadas pela liderança nacional tucana, além de arriscadas demais, revelaram-se pouco atraentes. Resta o esboço de um acordo com o Solidariedade, que se encontra mais ou menos na mesma situação de risco. Ela vale para o PSDB do Distrito Federal, que ficou praticamente sem nomes após a saída do senador Izalci Lucas para o PL. O único conhecido é seu presidente, o secretário Sandro Avelar, que já foi do MDB. O partido informa que, no momento, está focado no fortalecimento das bases no Distrito Federal e no diálogo com as lideranças locais. “A definição sobre a composição das chapas virá na sequência, em sintonia com as diretrizes do PSDB em nível nacional, para que possamos avançar de forma organizada e estratégica nas próximas eleições”, avisa.