Trump sugere que americanos possam gostar de 'um ditador' e afirma: 'Eu não sou'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta segunda-feira que talvez os americanos gostassem de ter um ditador — mas insistiu que ele não é um —, após assinar ordens que endurecem a repressão federal em Washington e permitem processar quem queimar a bandeira do país. Reunião na Casa Branca: Trump surpreende presidente da Coreia do Sul e diz que estuda encontro com Kim Jong-un 'Ameaça direta à democracia': Democratas criticam plano de Trump de enviar tropas a Chicago, Nova York e Baltimore Em um evento de mais de uma hora no Salão Oval, Trump reclamou que nem a mídia nem seus críticos lhe reconhecem mérito suficiente por sua ofensiva contra o crime e a imigração, agora apoiada pela Guarda Nacional. — Eles dizem: 'Não precisamos dele. Liberdade, liberdade. É um ditador. É um ditador'. [Mas] muita gente diz: 'Talvez gostemos de um ditador' — disse Trump, referindo-se aos críticos de seu envio da Guarda Nacional para Washington, além dos que reagem às suas ameaças de enviar as tropas também para Chicago. Initial plugin text Também nesta segunda, depois de elogiar o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, o republicano assegurou que não é e nem gosta de ditadores. Além disso, Trump mencionou repetidamente ter boas relações com Kim, afirmando que a Coreia do Norte tinha "grande potencial". — Sou um homem de muito bom senso e sou uma pessoa inteligente. Eu não gosto de um ditador. Eu não sou um ditador — afirmou o presidente. Guarda Nacional em Chicago O Pentágono vem planejando há semanas um deslocamento militar para Chicago, como parte do que o presidente Donald Trump diz ser uma ação para reprimir o crime e a imigração ilegal em centros urbanos. Autoridades familiarizadas com o plano, ouvidas pelo Washington Post, afirmaram reservadamente que a mobilização é pensada pelo governo como teste e modelo a ser expandido para outras grandes cidades dos Estados Unidos. O planejamento, ainda não divulgado oficialmente, inclui entre as opções o envio de milhares de membros da Guarda Nacional, formada por membros da reserva das forças armadas, para a terceira cidade mais populosa do país em setembro. Ainda de acordo com o Washington Post, também foi discutido o uso de soldados da ativa, embora essa hipótese seja considerada menos provável no momento. Entenda: Trump anuncia envio da Guarda Nacional à capital após ordenar saída de pessoas em situação de rua A iniciativa ecoa a operação em Los Angeles, em junho, quando Trump ordenou a mobilização de 4 mil membros da Guarda Nacional da Califórnia e 700 fuzileiros navais da ativa para garantir a segurança na região central da segunda maior cidade do país, atrás em população apenas de Nova York, apesar da oposição de líderes estaduais e locais. Autoridades do governo federal defenderam a medida como forma de “restaurar a lei e a ordem”. Na última sexta-feira, Trump reforçou a intenção de intervir em Chicago, após elogiar a atuação da Guarda Nacional em Washington, onde mais de 2.200 soldados foram enviados para conter a criminalidade a partir da segunda semana deste mês.