O autodenominado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) começou a semana com uma nova invasão de terra. Nesta segunda-feira, 25, militantes do grupo invadiram a Fazenda Barcelos, em Viamão , na Região Metropolitana de Porto Alegre. O ato foi uma manifestação contra o Banco do Brasil. Ao anunciar a invasão da propriedade rural, que também é conhecida pelo nome Rincão de São Brás, o MST acusou a instituição financeira de ter prometido entregar a terra à superintendência gaúcha do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para ações de reforma agrária. Ainda de acordo com o grupo invasor de terras, a transferência da Fazenda Barcelos ao Incra ocorreria dentro do Programa Terra da Gente, que foi lançado pelo governo federal no ano passado. A iniciativa permite a transferência de propriedade rural por meio de título de compensação de obrigações de empresas estatais e sociedades de economia mista perante a União. + Leia mais notícias do Agronegócio em Oeste O Banco do Brasil é uma empresa de economia mista. Apesar de ter parte das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, o maior acionista é o governo federal, que detém 50% do total de ativos da empresa. Banco do Brasil nega ser o dono da fazenda alvo do MST Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar reforçou a versão do MST. De acordo com a pasta, que tem o petista Paulo Teixeira no comando , a fazenda em Viamão foi oferecida ao Incra pelo Banco do Brasil. Situação que a instituição financeira contesta. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por MST RS (@rs_mst) "O imóvel é alvo de ação de execução pelo banco em relação ao proprietário", afirmou a empresa, sem mencionar o nome do dono da fazenda, informa o jornal O Estado de S. Paulo . "Há decisão judicial liminar que impede a imissão de posse pelo BB e outra que torna ineficaz a aquisição do bem arrematado. Dessa forma, o banco não detém a posse e nem a livre disponibilidade do imóvel em questão." Leia também: "O Banco do Brasil está nas cordas" , reportagem de Artur Piva publicada na Edição 283 da Revista Oeste Apesar do posicionamento do Banco do Brasil, o MST sinaliza que vai seguir com a invasão até negociar com a instituição financeira. Dirigente do grupo invasor no Rio Grande do Sul, Carla Camila Marques foi direta: quer militantes seus em posse da terra de cerca de 350 hectares. "O MST busca o avanço nas negociações entre a União e o Banco do Brasil", afirmou Carla Camila. "Seguimos na negociação com o Incra para a liberação das áreas prometidas para novos assentamentos no estado ainda em 2025." O post Em protesto contra o Banco do Brasil, MST invade fazenda na Grande Porto Alegre apareceu primeiro em Revista Oeste .