Começou ontem o curso Jornalismo do Futuro — O GLOBO 100 Anos. Jornalistas recém-formados de diferentes regiões do país vão discutir nas próximas quatro semanas os caminhos da profissão com repórteres, editores e colunistas do jornal, além de especialistas de diversas áreas. Promovido como parte das celebrações do centenário, o projeto recebeu mais de mil inscrições para 20 vagas. COP30: ministério propõe disponibilizar 'agências flutuantes' da Previdência para servir como hospedagens em Belém Vivi para contar: 'Vi que era possível e fui atrás', diz jovem que ganhou bolsa de R$ 2,2 milhões para estudar fora Na aula inaugural, ontem, o diretor de Redação do GLOBO, Alan Gripp, relembrou momentos marcantes do centenário e abordou os desafios do veículo para os próximos anos. — Chegamos aos 100 anos encarando como um recomeço. O jornalismo digital e a necessidade de se renovar a cada dia fazem com que a gente só consiga ter êxito com esse espírito de recomeço diário. Hoje, nós concorremos pelo tempo das pessoas, e o jornal precisa ser interessante o suficiente para fazer com que seu consumo diário faça frente à transformação ininterrupta e o cenário que vivemos — afirmou aos participantes. — Nós não sabemos como vai ser o futuro, mas sabemos que vamos estar lá. O Jornalismo do Futuro tem apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); da Syngenta; e da Prio, maior empresa independente de petróleo e gás do Brasil. O diretor de redação Alan Grip no curso Jornalismo do Futuro Agência O Globo/Gabriel de Paiva O jornalista Rodrigo Bomfim, de 26 anos, do Maranhão, acredita que o curso poderá lhe proporcionar um novo olhar para a comunicação, ajudando-o a pensar em projetos que integrem diferentes plataformas. — Como O GLOBO não se limita ao jornal impresso, com um investimento forte no ambiente digital, a experiência de vivenciar o dia a dia da Redação vai me ajudar a expandir o olhar para trabalhar as informações em multiplataformas — pontuou. Os participantes selecionados farão uma imersão na rotina de trabalho da Redação. Ao final do curso, os jornalistas apresentarão um projeto digital. O formato pode variar entre reportagens multimídia, infográficos ou novos produtos para as redes sociais, todos com possibilidade real de implementação no GLOBO. Modelo de negócios O diretor de Novos Negócios na Editora Globo, Edward Pimenta, destacou a iniciativa das empresas de investirem na formação de novos profissionais de comunicação e ressaltou que a formação promovida pelo jornal faz parte de uma esteira de investimentos educacionais do grupo, como o curso de jornalismo do “Valor Econômico” e o projeto “Diálogos O GLOBO”, composto por jornadas temáticas que focam em temas específicos do trabalho da imprensa. — Um curso como o de hoje conecta O GLOBO com uma nova geração de jornalistas que vêm com “drives” completamente diferentes, um jeito de falar e produzir informação diferente. Muito importante, pensando nos próximos 100 anos, que a gente mantenha conexão com jornalistas jovens. E para as marcas que patrocinam e apoiam, tem uma importância do ponto de vista do impacto social. Ao financiar o modelo, estão contribuindo para o jornalismo brasileiro. A abertura do curso foi com uma palestra do diretor de Desenvolvimento Comercial e Digital da Editora Globo, Thiago Afonso. Antes, o editor-executivo André Miranda deu as boas-vindas ao grupo. Maria Rita Garcez, de 23 anos, conta que o primeiro dia de aula foi uma grata surpresa: — Pude ver o jornalismo como modelo de negócio, ampliando a ideia que eu tinha do trabalho da imprensa. Não estava esperando por essa abordagem, que vai me ajudar a entender os novos desafios do jornalismo, como o impacto da Inteligência Artificial na produção de conteúdo. Para as próximas aulas, estão programadas palestras com colunistas como Míriam Leitão, Lauro Jardim, Flávia Oliveira e Bernardo Mello Franco, além de painéis e workshops com repórteres, editores e editores-executivos.