Celebrado como um dos caças mais avançados do mundo, o F-22 Raptor, da Força Aérea dos Estados Unidos, enfrenta uma vulnerabilidade surpreendente: a umidade dentro da cabine, causada inclusive pelo suor dos pilotos. Avaliada em cerca de US$ 150 milhões cada (aproximadamente R$ 831 milhões), a aeronave exige cuidados redobrados para evitar que algo tão corriqueiro se transforme em risco para seu desempenho. Homem de Tollund: enforcado há mais de 2 mil anos, múmia revela como a Idade do Ferro se conectava ao mundo espiritual; entenda Bases subterrâneas, Ovnis e agentes secretos: Área 51 desperta curiosidades sobre os segredos militares que acontecem no deserto Projetada para oferecer furtividade, velocidade e manobrabilidade, a cabine do Raptor é selada e pressurizada, o que impede a saída da umidade acumulada durante longas missões. Respiração, condensação e transpiração dos pilotos acabam criando um ambiente propício para infiltrações em fios, interruptores e sistemas eletrônicos sensíveis. Em um avião em que um detalhe pode comprometer a furtividade ou a própria missão, o problema está longe de ser trivial. Manuais de manutenção apontam que trajes encharcados de suor em contato com painéis delicados, ou gotículas atingindo circuitos, podem causar corrosão. Uma vez identificados, os danos exigem procedimentos trabalhosos de limpeza, decapagem e reaplicação de revestimentos furtivos. Esse desafio se soma à já conhecida dificuldade de manter o F-22 em operação. Segundo técnicos, o caça frequentemente demanda dezenas de horas de manutenção para cada hora de voo. O efeito inesperado do suor dos pilotos reforça a complexidade de um avião que, apesar de seu design futurista, ainda enfrenta fragilidades bem humanas.