O Ministério Público Federal (MPF) anunciou nesta segunda-feira ter enviado um ofício ao Ministério Público do Acre (MP-AC) para que o órgão atue para localizar o acervo do líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988. Segundo o MPF, a coletânea de itens ligados a Mendes está desaparecida desde 2019. COP30: ministério propõe disponibilizar 'agências flutuantes' da Previdência para servir como hospedagens em Belém Brasil: Saneamento avança entre famílias mais pobres e cobertura nacional chega a quase 70% dos lares, indica estudo Na representação, o MPF pede ao MP-AC para que tome providências para localizar e preservar o acervo do seringueiro. A coletânea estava sob guarda da Biblioteca da Floresta, espaço cultural administrado pelo governo do Acre. A biblioteca, inaugurada em 2007 e projetada para abrigar acervos relatos à história da Amazônia e de suas populações tradicionais, está fechada desde 2019 para reforma e manutenção. Em 2021, o MP-AC chegou a dar início a uma apuração sobre o abandono do local. Em maio de 2022, prédio onde está a biblioteca pegou fogo. Na época, o Corpo de Bombeiros disse ter gasto 6 mil litros de água para combater as chamas, que atingiram ao menos parte do acervo da instituição. O desaparecimento dos itens de Mendes teria acontecido em algum momento após o fechamento da biblioteca, segundo o MPF. O órgão afirma que "a falta de informações sobre a localização e as condições do material representa uma 'iminente lacuna na memória coletiva' e 'dano e prejuízo concreto à coletividade'". O MPF destaca também "a inestimável importância do acervo para a preservação da memória e da identidade cultural do estado do Acre".