O procurador-geral da República, Paulo Gonet , recomendou nesta segunda-feira, 25, que a Polícia Federal (PF) reforce a vigilância sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Réu no inquérito da suposta tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica. Gonet sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a corporação mantenha uma equipe de plantão exclusiva para acompanhar em tempo real o cumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. + Leia mais notícias de Política em Oeste A PF relatou ao STF um ofício assinado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara. No documento, ele alertou para um risco de fuga do ex-presidente. Segundo a recomendação, Bolsonaro poderia se deslocar até a Embaixada dos Estados Unidos , a menos de dez minutos de sua casa em Brasília. Ali, conforme o texto, ele tentaria solicitar asilo político. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, repassou a informação à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal. A medida, segundo ele, visa garantir que a secretaria adote providências preventivas, caso considere necessário. https://www.youtube.com/watch?v=Xu4n2BqMRtM “Deputado Federal Lindbergh Farias desenvolve razões de receio quanto à suficiência das medidas de cautela voltadas à garantia da aplicação da lei penal, que tange ao Sr. Jair Messias Bolsonaro”, diz trecho do documento. “O risco aludido motivou manifestação outra da Procuradoria-Geral da República, no sentido de proceder ao monitoramento do ex-Presidente por meio de tornozeleira eletrônica.” O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, deu prazo de cinco dias para que o PGR se manifeste sobre o ofício da PF. Gonet já antecipou que as ações de monitoramento não devem invadir a residência nem interferir na rotina do ex-presidente com vizinhos. Avaliação interna indica “estabilidade” no caso de Bolsonaro Além do suposto plano de fuga, o PGR deve se posicionar sobre possíveis violações das medidas cautelares — como o uso de redes sociais, o que está proibido por decisão do STF. A análise considera ainda uma minuta encontrada no celular de Bolsonaro, que citava um possível pedido de asilo à Argentina. + Leia também: "Moraes abre prazo para alegações finais de militares envolvidos em suposto golpe" Contudo, apesar da nova ofensiva, integrantes próximos a Gonet consideram improvável que a situação jurídica de Bolsonaro mude antes do julgamento da ação, marcado para começar em 2 de setembro. A defesa do ex-presidente nega qualquer irregularidade e garante o cumprimento de todas as restrições impostas pelo Judiciário. O post Gonet pede reforço da PF no monitoramento de Bolsonaro apareceu primeiro em Revista Oeste .