Venezuela envia 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia

Com a intensificação das tensões na fronteira entre Venezuela e Colômbia, o governo venezuelano decidiu deslocar 15 mil militares para a região, incluindo tropas terrestres, unidades aéreas e monitoramento fluvial com apoio de drones, conforme anunciado pelo deputado Diosdado Cabello. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste Cabello sugeriu que a Colômbia adote medidas equivalentes para preservar a ordem e prevenir crimes na faixa de fronteira, propondo ainda a criação de uma "zona binacional de paz" para fortalecer a cooperação entre os países. Ele declarou: "Pedimos ao governo colombiano, que vem colaborando, que faça o mesmo do lado colombiano para garantir a paz em todo o eixo, expulsando qualquer um que queira se estabelecer e cometer crimes na área da fronteira." Troca de acusações entre Venezuela, Colômbia e Estados Unidos Na sexta-feira 22, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou operações militares motivadas pelo combate ao narcotráfico, afirmando que "estão usando o narcotráfico como desculpa para invasão militar" e descartou qualquer participação de suas tropas em incursões na Venezuela. "Nenhum soldado colombiano passará pela fronteira em direção à Venezuela", declarou Petro. https://www.youtube.com/watch?v=1D_X7_n91IQ As relações entre Estados Unidos e Venezuela sofreram novo abalo na quarta-feira 20, depois que o presidente Nicolás Maduro reagiu a ameaças do governo Trump e acusou Washington de promover agressões contra seu país. "Somos uma aliança de guerreiros pela paz", afirmou Maduro durante uma reunião da Aliança Bolivariana. "Estamos vivendo um cenário de frenesi enlouquecido de ameaças a granel. Lançam uma ameaça aqui, outra ali. Acreditam que são donos do mundo. Acreditam que só uma palavra deles basta para que os povos se rendam e entreguem sua terra e pátria." Maduro fez referência à Revolução Bolivariana iniciada por Hugo Chávez e mostrou a Constituição venezuelana, ressaltando a capacidade de resistência do país diante de ameaças à soberania. O presidente também pediu união dos países aliados para defender a integridade venezuelana. Pressão internacional e recompensa recorde por Maduro Na terça-feira 19, a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, declarou que Donald Trump está pronto para “usar toda a força norte-americana para deter o tráfico de drogas” na Venezuela e classificou Maduro como “fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas”. Agências internacionais informaram o envio de três navios de guerra dos EUA para o sul do Caribe, próximo ao território venezuelano, com o objetivo de conter organizações criminosas. Leavitt não negou a movimentação militar norte-americana. https://www.youtube.com/watch?v=X3Wndi4XYIQ O governo venezuelano rebateu as acusações, classificando-as como "ameaças" que colocam em risco a estabilidade regional e a paz. Os EUA já acusam formalmente Maduro de narcoterrorismo desde março de 2020, período em que passaram a oferecer recompensa por informações que levassem à sua prisão. Em janeiro de 2025, sob o governo Joe Biden, o valor da recompensa subiu para US$ 25 milhões. No último dia 7, os EUA aumentaram o montante para até US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) por informações que resultem na prisão ou condenação de Maduro, superando a recompensa oferecida por dados sobre Osama Bin Laden depois dos ataques de setembro de 2001. De acordo com a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, Maduro é considerado um dos "maiores narcotraficantes do mundo" e visto como ameaça à segurança nacional norte-americana. O novo valor de recompensa é superior ao oferecido por Bin L aden , que, na época, era de US$ 25 milhões, tornando-se o homem mais procurado do mundo depois dos atentados. Leia também: “A anistia inevitável” , artigo de Augusto Nunes e Branca Nunes publicado na Edição 255 da Revista Oeste O post Venezuela envia 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia apareceu primeiro em Revista Oeste .