Donald Trump demite diretora do FED O dólar abriu a sessão desta terça-feira (26) de olho nos movimentos internacionais. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, abre às 10h. Os investidores acompanham com cautela a demissão da dirigente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Lisa Cook, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida é vista como uma nova escalada dos ataques do republicano à independência da autarquia. Trump anunciou a decisão nas redes sociais. Em uma carta direcionada à diretora do Fed, o presidente dos EUA citou acusações relacionadas a hipotecas e afirmou não confiar na integridade de Cook. Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No Brasil, a atenção do mercado se dá com a divulgação da prévia da inflação de agosto, o IPCA-15, em meio às projeções de analistas consultados pelo boletim Focus revisarem para baixo as expectativas pela 13ª semana seguida. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Dólar a Acumulado da semana: -0,19%; Acumulado do mês: -3,31%; Acumulado do ano: -12,37%. Ibovespa Acumulado da semana: +0,04%; Acumulado do mês: +3,72%; Acumulado do ano: +14,75%. Trump demite diretora do Fed O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu nesta segunda-feira (25) Lisa Cook, diretora do conselho de governadores do Federal Reserve (Fed). A medida é vista como uma nova escalada dos ataques do republicano à independência do banco central norte-americano. Apesar de ser legalmente contestável, o republicano afirmou que a medida passa a ter efeito imediato. "De acordo com minha autoridade sob o Artigo II da Constituição dos Estados Unidos e o Ato do Federal Reserve de 1913, conforme emenda, você está, por meio desta, removida de seu cargo no Conselho de Governadores do Federal Reserve, com efeito imediato", diz o documento. Cook é a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Fed. Na última sexta (22), Trump já havia afirmado que iria demitir Lisa Cook caso ela não renunciasse. Na ocasião, ela declarou que “não tinha intenção de ceder a pressões”. A medida anunciada na noite desta segunda ocorre em meio a uma sequência de ataques de Trump contra o Fed e seus integrantes. Em outras ocasiões, ele chegou a xingar o presidente da instituição, Jerome Powell, de "burro" e "teimoso". Na visão de Trump, o banco central está "atrasado" em reduzir os juros, e o país já deveria estar com taxas "pelo menos dois a três pontos abaixo". Bolsas globais Os principais índices de Wall Street caíam nesta segunda-feira, recuando dos ganhos obtidos na sessão anterior. O Dow Jones Industrial Average caía 0,26%, para 45.514,24 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,20%, a 6.453,71 pontos, e o Nasdaq Composite tinha queda de 0,18%, para 21.457,09 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, refletindo a perda de força do otimismo em torno de possíveis cortes de juros pelo Fed. A liquidez nos mercados também está reduzida, já que o Reino Unido permanece fechado devido a feriado. Os principais índices da região fecharam no vermelho: o STOXX 600 recuou 0,46%, o DAX da Alemanha caiu 1,50%, enquanto o CAC 40 da França perdeu 1,59%. Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados pela liquidez abundante e pelo bom desempenho dos setores de terras raras e imobiliário. O índice de Xangai subiu 1,51%, atingindo o maior nível desde agosto de 2015, enquanto o CSI300 avançou 2,08%, superando marcas anteriores e alcançando o patamar mais alto desde julho de 2022. Outros mercados asiáticos também fecharam em terreno positivo: o Nikkei, em Tóquio, subiu 0,41%; o Hang Seng, em Hong Kong, avançou 1,94%; o Kospi, em Seul, teve alta de 1,30%; o Taiex, em Taiwan, ganhou 2,16%; o Straits Times, em Cingapura, valorizou-se 0,08%; e o S&P/ASX 200, em Sydney, registrou leve alta de 0,06%. Notas de dólar. Murad Sezer/ Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters