Quem é o empresário que atirou em gari em briga de trânsito O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, escreveu uma carta dentro da prisão afirmando que o episódio foi um “acidente” e um “mal-entendido”. O documento, datado de 25 de agosto de 2025, foi escrito de próprio punho e entregue à defesa. A carta foi escrita em meio à terceira troca de advogados do empresário. No último dia 18, um novo advogado de Belo Horizonte, Dracon Cavalcanti Lima, assumiu o caso, após a saída dos primeiros defensores, que alegaram "motivos pessoais". Nesta segunda-feira (25), entretanto, um novo advogado foi protocolado como defensor do empresário: Bruno Silva Rodrigues, do Rio de Janeiro. Na carta, Renê declarou que confia no trabalho de seus advogados e destacou que se sente bem representado tanto pela nova equipe jurídica, quanto pela anterior. Ele reiterou ter dado procuração a um dos advogados e pediu que não haja novas mudanças na condução de sua defesa. “O que aconteceu foi um acidente com a vítima e me sinto bem representado. Tenho certeza que resolveremos esse mal-entendido”, escreveu o empresário. Renê está preso desde o dia 11 de agosto, quando atirou contra Laudemir durante a coleta de lixo no bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte. O gari foi atingido no abdômen e morreu no local. RELEMBRE: Confissão do crime, bens bloqueados e arma de delegada - entenda caso de empresário que matou gari ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes Reprodução Morte de gari em BH O gari Laudemir Fernandes, de 44 anos, trabalhava na coleta de lixo quando foi morto com um tiro no abdômen no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, no dia 11 de agosto. O disparo foi feito pelo empresário Renê Nogueira Júnior, que se irritou com o caminhão bloqueando a via e ainda ameaçou a motorista do veículo. A arma usada no crime pertencia à esposa de Renê, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. Ela é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil por possível descuido na guarda do armamento. Em depoimento, Renê confessou o disparo e afirmou que a delegada não sabia que ele havia pegado a arma. O Ministério Público pediu o bloqueio de R$ 3 milhões em bens do casal para garantir indenização à família da vítima. Parte da equipe de advogados renunciou ao caso no dia 18 de agosto, alegando “motivo de foro íntimo”. Renê está preso preventivamente e pode responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. A pena pode chegar a 30 anos de prisão. Imagens exclusivas mostram suspeito de matar gari em Belo Horizonte horas depois do crime Infográfico mostra principais pontos do assassinato do gari Laudemir Fernandes pelo empresário Renê Júnior, que confessou o crime Arte/g1 Confira os vídeos mais vistos no g1 Minas: