Farmacêutica do Mounjaro vai pedir aprovação de nova pílula para perda de peso neste ano

A Eli Lilly and Company, farmacêutica que desenvolveu a caneta emagrecedora Mounjaro, irá pedir aprovação da sua nova pílula para perda de peso ainda neste ano para agências regulatórias. Segundo novo comunicado, a orforgliprona de 36 mg, um medicamento oral agonista do GLP-1, alcançou uma redução de peso de 10,5% (cerca de 10,4 kg) no período de um ano e meio. Infectologista: 'A PrEP não está chegando às pessoas mais vulneráveis ao HIV, como os jovens', diz pesquisadora da Fiocruz Corrida prejudica os joelhos? Especialista esclarece por que isso é um mito Os resultados de fase 3 do estudo também mostraram que o remédio apresenta benefícios clinicamente significativos em relação à redução da glicemia e também aos principais fatores de risco cardiovascular, incluindo colesterol não-HDL, pressão arterial sistólica e triglicerídeos. Agonistas GLP-1 são medicamentos que imitam a ação do hormônio GLP-1, que é produzido naturalmente pelo intestino e ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e o apetite. Eles são frequentemente utilizados no tratamento do diabetes tipo 2 e para perda de peso. Exemplos de medicamentos dessa classe são Ozempic, Wegovy e Rybelsus. A tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, é um análogo de dupla ação, que também age no receptor de GLP-1 e de GIP. A orforgliprona é um agonista do GLP-1 oral, de dose única diária, que pode ser tomada a qualquer hora do dia, sem restrições de alimentos e água. “Com base na minha experiência liderando ensaios clínicos em obesidade e diabetes, esses dados mostram o potencial da orforgliprona para oferecer um perfil de eficácia, segurança e tolerabilidade consistente com a classe GLP-1 injetável. A orforgliprona pode ajudar os profissionais de saúde a expandir as opções de tratamento para pacientes que preferem terapias orais sem comprometer os resultados clínicos", afirma Louis J. Aronne, fundador e presidente emérito do Conselho Americano de Medicina da Obesidade, ex-presidente da Sociedade da Obesidade e membro do Colégio Americano de Médicos. Para o experimento, também foram testadas duas outras doses do medicamento: 6 mg e 12 mg, que resultaram na redução de 5,5% e 7,8% do peso, respectivamente. O composto foi descoberto pela Chugai Pharmaceutical Co., Ltd. e licenciado pela Lilly em 2018. Além da obesidade, o medicamento está sendo avaliado para o tratamento do diabetes tipo 2, apneia obstrutiva do sono e hipertensão em adultos com obesidade. Assim como acontece com outros medicamentos da classe, os eventos adversos mais comuns foram gastrointestinais e geralmente de leve a moderada gravidade, como náusea, constipação, diarreia, vômitos e dispepsia.