Em resposta aos ataques do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Itamaraty divulgou uma nota, nesta terça-feira, sugerindo que, em vez de "habituais mentiras e agressões", seja apurada a verdade sobre o ataque contra o hospital Nasser, em Gaza. "O ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o presidente Lula", publicou o Itamaraty em uma rede social. Na publicação, o Itamaraty ressalta que Israel está sob investigação da Corte Internacional de Justiça por plausível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. "Como ministro da Defesa, o senhor Katz não pode se eximir de sua responsabilidade, cabendo-lhe assegurar que seu país não apenas previna, mas também impeça a prática de genocídio contra os palestinos". Segundo o Itamaraty, as operações militares israelenses em Gaza já resultaram na morte de 62.744 palestinos, dos quais um terço são mulheres e crianças, e em uma política de fome como arma de guerra imposta à população palestina", diz o texto. Mais cedo, Katz publicou um texto em uma rede social, afirmando que Lula só deixará de ser persona non grata em seu país, se Lula pedir desculpas por ter "desrespeitado" a memória do Holocausto. "Agora ele revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas ao retirar o Brasil da IHRA – o organismo internacional criado para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel – colocando o país ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel", escreveu o ministro da Defesa.