Os quiosques que ficavam no anexo 4 da Câmara dos Deputados começaram a deixar o espaço em movimento que teve início nesta segunda-feira e se estendeu pela tarde de terça, 26. Os comerciantes saíram após uma ação de fiscalização coordenada pela Secretaria de Segurança Pública, junto ao DF Legal e ao Detran, na sexta-feira, 22. Na operação, trailers e food trucks que funcionavam entre o anexo da Câmara e o Tribunal de Contas da União foram notificados de que precisariam remover as instalações até o fim de agosto. A pasta informou ainda que os trailers estão em condições irregulares, com licenciamentos atrasados ou sem autorização formal do Estado. Segundo o DF Legal, os comerciantes não poderão voltar ao local. De seu lado, os comerciantes dizem que estão na região há mais de quatro anos, alguns até há 15 anos, e que querem, na verdade, a regularização. Segundo eles, o GDF promete que vai regularizar, faz cadastros, mas nada acontece. Alegam ainda que o espaço está abandonado e que são eles próprios que limpam e fazem a manutenção básica da área ocupada. Já o DF Legal avisou que está na área notificando todos os trailers que funcionam no estacionamento sem autorização do Poder Público para deixarem o local. “O desrespeito à notificação e a manutenção da atividade irregular podem gerar a apreensão do trailer. Já as remoções estão sendo feitas pelo Detran e ocorrem apenas com aqueles veículos que estão abandonados, conforme vistoria.” A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal atribuiu a ação a “parte da fiscalização relacionada ao planejamento de segurança da área central, em virtude da realização dos eventos da Semana da Pátria, incluindo o Desfile de 7 de Setembro, e realizada todos os anos”. Entretanto, a pasta avisa que “são comércios irregulares e veículos nos logradouros que estão situados na área da Esplanada dos Ministérios”. Ainda segundo a Secretaria, há veículos servindo de moradia e depósitos de alimentos, bebidas, garrafas de vidro e restos de obras. Os veículos, como food trucks e trailers, estão em condições irregulares, com licenciamentos atrasados e/ou sem autorização formal do Estado.