O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) criou um informativo alertando para uma nova modalidade de fraude: o golpe do falso advogado. No esquema, criminosos se apropriam de informações autênticas das vítimas, como nome, CPF, número de processo, valores a receber e até dados de advogados, para exigir o pagamento de supostas taxas judiciais e obter ganhos ilícitos. Para isso, os estelionatários usam informações pessoais e de processos judiciais, obtidos geralmente em fontes abertas e banco de dados, a fim de convencer as vítimas. Passando-se por advogados, os golpistas abordam as pessoas por telefone ou aplicativos de mensagens, prometendo a liberação de valores a receber, como indenizações ou precatórios. Para dar uma aparência de legalidade à fraude, usam fotos, documentos com logotipos, timbres e brasões e até "mascaram" o número de telefone de órgãos oficiais. Um dos informativos do TJRJ com o alerta sobre os golpes Divulgação/TJRJ No informativo, produzido pela Secretaria-Geral de Segurança Institucional (SGSEI), o TJRJ destaca que não realiza ligações para cobrar qualquer tipo de taxa e orienta que as partes desconfiem de ligações ou mensagens de aplicativos que peçam dados pessoais ou senhas, ou que tenham promessas de vantagens. Golpe do 'falso funcionário do banco' Outro golpe recorrente destacado pelo TJRJ é o Caller ID Spooging, em que os criminosos falsificam o número que aparece no identificador de chamadas. Assim, conseguem fazer com que a ligação pareça vir de um banco, órgão público ou outro contato de confiança. Na prática, o telefone exibe um número legítimo, mas a chamada é feita por criminosos. O objetivo é induzir a vítima a erro, solicitando transferências de valores, além de senhas, códigos de acesso, tokens ou dados pessoais sensíveis que, posteriormente, poderão ser usados para outras fraudes. Uma das modalidades mais comuns ocorre quando os estelionatários se passam por funcionários de instituições bancárias.