O Tribunal do Júri de Ceilândia condenou nesta terça-feira (26) quatro homens pelo homicídio de Christian Peterson Ferreira Nunes, de 19 anos, morto a tiros após intervir em uma briga de trânsito. Os jurados acataram integralmente a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que apontou o crime como duplamente qualificado. Foram condenados os executores Bruno da Silva Oliveira, Daniel Alves Sousa e Wagner Cortes Bernardes Júnior, cada um a 28 anos de prisão, e o mandante Felipe Pires Bernardes, sentenciado a 30 anos. A pena de Felipe foi agravada devido à reincidência criminal, motivação fútil e por ter organizado a ação criminosa. Segundo a investigação, o crime ocorreu no dia 14 de setembro de 2021, em uma chácara próxima ao Barril 99, no Setor Sol Nascente. Na véspera, Felipe Pires Bernardes se envolveu em um acidente com um motociclista. Christian interveio para defender o condutor da moto. No dia seguinte, por volta das 10h, os executores — sob ordem de Felipe — emboscaram e atiraram contra Christian, utilizando dois veículos. A vítima foi atingida por 10 dos pelo menos 12 disparos efetuados e morreu no local. A sentença considerou as qualificadoras de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, atacada por um grupo armado e em superioridade numérica. Todos os réus têm condenações anteriores e maus antecedentes. O juiz presidente do júri determinou que o cumprimento das penas se inicie em regime fechado, negando o direito de recorrer em liberdade. Após a leitura da sentença, o réu Daniel Alves Sousa, que estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, rompeu o equipamento e fugiu. Ele segue foragido, segundo o MPDFT. *Informações do TJDFT