Criminosos digitais se aproveitam da pressa ou da falta de atenção dos usuários para espalhar golpes por meio de links maliciosos. Mensagens que parecem legítimas, como promoções falsas, notificações de bancos ou alertas de entrega são comuns para induzir a vítima ao erro. No Brasil, o problema é grave: só no primeiro semestre de 2025, foram 314 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo a Fortinet. A boa notícia é que clicar em um link suspeito não significa necessariamente que o dispositivo foi comprometido. Em todo caso, é essencial agir rápido, já que os riscos vão desde o roubo de dados pessoais até a instalação silenciosa de vírus. A seguir, entenda o que fazer imediatamente após clicar em URLs suspeitas, como verificar se houve algum dano e quais medidas adotar para reforçar a segurança no futuro. Brasil foi alvo de 314 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2025 Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews Saiba o que fazer após clicar em um link malicioso Reprodução/Thinkstock Golpe no WhatsApp pedindo dinheiro. Como resolver definitivamente? Saiba mais no Fórum do TechTudo Fechar o navegador ou app O primeiro passo após clicar em um link suspeito é fechar imediatamente o navegador ou o aplicativo em que a página foi aberta. Isso interrompe qualquer código que possa estar sendo executado em segundo plano e evita que o site malicioso continue carregando informações no dispositivo. Essa medida simples já ajuda a reduzir os riscos iniciais. Além disso, não é recomendável explorar ou navegar na página que foi aberta. Muitos desses links são projetados para manter a vítima ocupada com formulários falsos ou redirecionamentos contínuos. Encerrar o acesso de imediato é a forma mais rápida de cortar a comunicação com a ameaça. Não inserir dados pessoais ou senhas Usuário não deve fornecer dados pessoais e senhas em páginas e aplicativos suspeitos Reprodução/Canva Grande parte dos golpes digitais depende da colaboração da vítima para se concretizar. Isso acontece, principalmente, quando o usuário fornece informações como login, senha, CPF ou número de cartão de crédito em páginas falsas. Por isso, é fundamental não inserir nenhum dado ao perceber que caiu em um link suspeito. Essas páginas de phishing costumam imitar sites legítimos, como bancos, lojas ou redes sociais, criando a sensação de urgência para forçar o preenchimento de formulários. Nesses casos, se o usuário não digitar nada, os golpistas não terão acesso direto às informações, o que já reduz bastante o potencial de prejuízo. Desconectar-se da internet Em alguns casos, apenas clicar no endereço suspeito pode desencadear comportamentos estranhos no dispositivo, como pop-ups frequentes, lentidão ou redirecionamentos automáticos. Quando isso acontece, é recomendável desligar temporariamente a conexão de internet, seja Wi-Fi ou dados móveis, para interromper qualquer comunicação com servidores externos. Essa desconexão impede que programas maliciosos enviem dados coletados para os golpistas ou que novos arquivos sejam baixados sem autorização. É uma medida preventiva que dá mais tempo para que o usuário aja com calma e tome providências. Rodar um antivírus atualizado Utilizar um antivírus pode impedir ameaças após clicar em links suspeitos Reprodução/Canva Após cortar o acesso imediato, o próximo passo é rodar uma varredura completa com um antivírus atualizado. Os softwares de segurança conseguem identificar e bloquear programas suspeitos, além de limpar arquivos maliciosos que possam ter sido baixados. Essa checagem é fundamental para evitar que ameaças silenciosas continuem agindo no dispositivo. É importante manter o antivírus sempre atualizado, já que novas variantes de malware surgem constantemente. Caso o usuário não tenha uma ferramenta do tipo instalada, pode ser útil buscar uma solução confiável, tanto em computadores quanto em celulares. Verificação de danos Após rodar o antivírus, é aconselhável realizar uma revisão manual no dispositivo. No celular, vale conferir a lista de aplicativos instalados e remover qualquer item que pareça estranho ou que não tenha sido baixado voluntariamente. Já no computador, é indicado checar a pasta de downloads recentes e os programas adicionados ao sistema. Essa verificação é essencial porque alguns golpes instalam softwares espiões de forma silenciosa. Esses apps ou programas podem coletar dados, gravar atividades e até permitir acesso remoto ao aparelho. Ao eliminá-los, é possível reduzir consideravelmente as chances de invasões futuras. Proteção de contas Trocar senhas e ativar autenticação em dois fatores (2FA) é recomendável após clicar em links suspeitos Reprodução/Freepik Mesmo que nada de anormal tenha sido encontrado no dispositivo, é essencial reforçar a proteção das contas digitais. O ideal é trocar imediatamente as senhas de e-mails, redes sociais e bancos, dando preferência a combinações fortes e únicas. Essa medida ajuda a evitar acessos não autorizados. Além disso, é recomendável ativar a autenticação em dois fatores (2FA), que cria uma barreira extra contra invasores. Também é importante monitorar notificações de login em dispositivos diferentes e acompanhar extratos bancários de perto. Ao notar qualquer movimentação suspeita, o usuário pode contato com o suporte da plataforma ou do banco imediatamente. Mais do TechTudo Veja também: Golpe do Instagram sequestra contas de usuários; saiba se proteger Golpe do Instagram sequestra contas de usuários; veja como se proteger