Entenda porque o irmão de Lula ficou de fora da lista de convocados para a CPI do INSS

A CPI do INSS aprovou, nesta terça-feira, convocações e convites para ouvir 55 pessoas. Governistas construíram um acordo com a oposição que deve blindar Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de uma convocação. A negociação ocorreu em troca de estender o escopo de investigação da comissão para o período que abrange o governo de Dilma Rousseff. Veja quem: CPI aprova ouvir 55 pessoas, como Careca do INSS, Lupi e ex-ministros da Previdência desde governo Dilma CPI do INSS: investigação será dividida em seis eixos e vai até março de 2026, ano eleitoral; entenda Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes. Ele não é investigado, e o sindicato nega irregularidades. O plano de trabalho proposto pelo comando do colegiado, que é de oposição, prevê que a linha do tempo da apuração comece em 2015, durante a gestão Dilma. Governistas resistiam à ideia, que foi aceita com uma condição: a votação de requerimentos em bloco na comissão só vai acontecer se houver consenso sobre todos os nomes analisados. Com isso, a base avalia que vai evitar que o nome de Frei Chico apareça ao lado de outros alvos, o que faria com que uma possível convocação tivesse que ser submetida individualmente aos parlamentares, o que aumenta a margem de articulação do governo para derrotar o pleito. Parlamentares da base afirmaram que esta foi a "grande vitória" dos aliados nesta terça-feira. — Enquanto nós não tivermos certeza de que houve participação, não faremos convocações. Especialmente no âmbito político. Não há previsão de que esse senhor [Frei Chico], ou outros ligados ao governo anterior, seja convidado sem as devidas provas — afirmou o presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), após a sessão de ontem O Planalto busca conter danos políticos após a oposição conquistar o comando da comissão. A presidência ficou com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a relatoria com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ambos críticos do governo.