Fotos, declaração de amor e discussão sobre doutrina: veja o que se sabe sobre fonoaudióloga morta a facadas pelo marido em MT

Militares falam sobre caso de fonoaudióloga encontra morta em Sinop (MT) A fonoaudióloga Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi morta a facadas dentro da casa onde morava, na Avenida das Sibipirunas, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, no último domingo (24). Lucas França Rodrigues, de 22 anos, marido da vítima, foi preso em flagrante como principal suspeito do crime. Nesta reportagem, o g1 reuniu todos os detalhes sobre o que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o assassinato. Veja abaixo: Quem era a vítima? Quem é o suspeito? Como e onde o crime ocorreu? O que a investigação aponta? O que ainda falta esclarecer? Quem era a vítima? Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi morta a facadas pelo marido Lucas França Rodrigues em Sinop Reprodução Natural de Brasília, Ana Paula era fonoaudióloga generalista e estava cursando políticas públicas na Fundação Getúlio Vargas, segundo o perfil dela nas redes sociais, onde acumulava mais de 120 mil seguidores. Ela também era servidora pública e atuava na Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal antes de pedir exoneração do cargo, em julho deste ano. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp No dia último 16, ela publicou um vídeo informando sobre o pedido de exoneração. A decisão, porém, não foi justificada. Ela costumava compartilhar momentos da rotina nas redes sociais e demonstrava ser defensora dos animais. O perfil da vítima reúne diversas publicações dedicadas aos gatos dela e a projetos de lei contra maus-tratos. Quatro dias antes de ser assassinada, Ana Paula compartilhou uma foto se declarando para o marido. A publicação era uma entre várias outras declarações feitas ao lado do então companheiro. Quem é o suspeito? Lucas França foi preso em Sinop (MT), suspeito de assassinar a esposa a facadas. Reprodução Lucas França Rodrigues, marido de Ana Paula, é o principal suspeito do crime. Após o crime, os policiais encontraram ele no quarto do casal, em estado de surto psicótico. Ele resistiu à prisão, afirmando que não aceitava ser levado. O g1 tentou localizar a defesa de Lucas, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem. Ainda no dia do crime, Lucas publicou a frase "tudo já está bem" nos stories do Instagram. Na rede social, ele se descrevia como um homem cristão e compartilhava fotos ao lado de Ana. Na segunda-feira (25), o pai de Lucas compareceu à delegacia, onde entregou um laudo médico atestando que o filho é diagnosticado com esquizofrenia. Além disso, ele relatou ainda que o investigado já passou por clínica psiquiátrica nos anos anteriores ao crime. No entanto, essa informação não foi confirmada e a hipótese também é investigada pela Polícia Civil. Como e onde o crime ocorreu? Ana Paula foi morta a facadas dentro da casa onde morava, na Avenida das Sibipirunas, em Sinop. Ela foi encontrada com cerca de 15 a 20 perfurações pelo corpo. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima também apresentava diversas lesões no pescoço, tronco, abdômen e pernas. A irmã de Ana relatou à polícia que Lucas entrou em contato com ela por meio de uma rede social, confessou o crime e enviou fotos da vítima. Em seguida, os policiais também receberam informações do irmão do suspeito, que relatou o mesmo fato e, da mesma forma, recebeu imagens da vítima morta. O que a investigação aponta? A delegada Renata Evangelista comentou que o casal discutiu um dia antes do crime Ana Paula e Lucas tiveram uma discussão sobre escatologia — estudo teológico que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final da espécie humana — um dia antes do crime, segundo a delegada responsável pelo caso, Renata Evangelista. Conforme a delegada, Lucas afirmou em depoimento, que estudava escatologia e que a discussão com Ana Paula ocorreu porque ela não concordava com a doutrina e nem com o envolvimento dele com esse tipo de estudo. A polícia investiga se essa seria a motivação do crime. “Eles tiveram essa discussão e a prática do crime se deu no dia seguinte. Lucas não conseguiu e não quis explicar o porquê disso”, relatou. O que ainda falta esclarecer? A motivação do crime ainda não foi esclarecida. A polícia continua investigando o caso para saber se o crime foi cometido pela discussão sobre a doutrina ou por alguma outra ocasião. Ainda não se sabe também, se o motivo do pedido de exoneração do cargo que Ana Paula ocupava na Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal tem alguma ligação com Lucas. Ana Paula foi morta a facadas e o principal suspeito do crime é o marido dela: Lucas França Reprodução