O padre Antônio de Souza Carvalho, de 67 anos, conhecido como padre Toninho, foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão pelo estupro de um coroinha em Penápolis, no interior de São Paulo. Segundo a sentença da 1ª Vara da comarca local, assinada pelo juiz Vinicius Gonçalves Porto, os abusos ocorreram em pelo menos dez ocasiões, entre 2009 e 2014, quando a vítima tinha entre 13 e 18 anos. Apesar da condenação, o religioso poderá recorrer em liberdade. Padre acusado de agredir fiel durante 'exorcismo' é vice-campeão mundial de jiu-jitsu; polícia de SP investiga 'OAB para médicos': 96% dos brasileiros apoiam prova obrigatória para recém-formados em Medicina, diz Datafolha Os crimes teriam começado após a mudança da família do adolescente para a cidade, em 2009. Frequentadores da paróquia Sagrada Família, no bairro Eldorado, os pais do jovem permitiram sua participação como coroinha e auxiliar do padre nas missas, inclusive nas celebrações em áreas rurais do município. De acordo com o processo, os abusos ocorriam principalmente durante os deslocamentos de carro até essas localidades. Conforme os autos, o padre passava as mãos nas pernas e partes íntimas do adolescente, além de beijar seu pescoço. As denúncias só foram formalizadas em 2023, quase uma década após os últimos episódios. No interrogatório policial, o religioso permaneceu em silêncio; já na audiência, negou as acusações, alegando que seus gestos eram apenas demonstrações de carinho. Comunicado Diocese de Lins Reprodução Facebook A Diocese de Lins, à qual o padre pertence, afirmou em nota que ele foi afastado do exercício ministerial desde que a denúncia chegou ao conhecimento da instituição. O caso foi comunicado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, em Roma, que determinou a abertura de um Processo Penal Administrativo, ainda em andamento. Padre Toninho atuava em Penápolis desde 2001 e chegou a receber, em 2007, o título de cidadão penapolense. Após deixar a cidade em 2014, ele assumiu funções em Reginópolis e, posteriormente, em Luziânia, também no interior paulista, onde continuou a exercer atividades religiosas até o afastamento.