Polícia faz reconstituição da morte da estudante trans com base na versão do namorado A Polícia Civil faz, nesta quarta-feira (27), uma segunda reconstituição da morte da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, que está desaparecida há mais de dois meses, desde o dia 12 de junho, Dia dos Namorados, após fazer uma prova do curso de zootecnia em Ilha Solteira (SP). A reconstituição no sítio, apontado como local do crime, onde a jovem foi vista pela última vez, é feita baseada na versão dada pelo namorado da jovem, Marcos Yuri Amorim, à polícia. O delegado responsável pela investigação, Miguel Rocha, informou que a presença do suspeito foi confirmada. Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp No dia 21 de agosto, a polícia fez a primeira reconstituição com base na versão do policial militar ambiental da reserva, Roberto Carlos Oliveira, apontado como comparsa de Yuri no crime e indicado como amante dele em um "triângulo amoroso". Dessa vez, na reconstituição a polícia vai analisar três locais no sítio de Yuri, sendo um deles nas margens do Rio São José dos Dourados, onde a investigação encontrou uma pá e uma enxada, que pode ter sido usada para o descarte do corpo de Carmen. Em depoimento, Marcos Yuri confessou à polícia que Carmen foi morta no sítio dele, mas atribuiu a autoria do feminicídio ao policial militar ambiental da reserva. Já na versão de Roberto, quem matou a estudante foi o namorado dela. Os investigadores pretendem confrontar as duas versões para conseguir novas pistas. Carmen foi vista pela última vez no dia 12 de junho, Dia dos Namorados. Agora, a Polícia Civil aguarda os laudos da perícia dos ossos queimados encontrados no sítio de Yuri e do celular despedaçado que podem ser da estudante, além de uma lona que pode confirmar a versão dada pelos suspeitos de que o corpo foi enrolado no pedaço de tecido antes de ser descartado. A ocorrência, que foi inicialmente tratada como desaparecimento de pessoa, é investigada como feminicídio. O corpo de Carmen não foi localizado até a última atualização desta reportagem. LEIA MAIS Pai de estudante trans morta em Ilha Solteira diz que vai à delegacia todo dia desde desaparecimento da filha: 'A gente quer justiça' Perícia não identifica sangue em moto de namorado e caminhonete de policial suspeitos de assassinar estudante desaparecida há 2 meses Carmen de Oliveira Alves e o namorado Marcos Yuri Amorim, suspeito de assassinato em Ilha Solteira (SP) Reprodução/Facebook Carmen de Oliveira Alves (à esquerda), o namorado Marcos Yuri Amorim (ao centro) e o policial militar Roberto Carlos de Oliveira, suspeitos de crime em Ilha Solteira (SP) Reprodução/Facebook Assassinato de estudante trans da Unesp: veja a cronologia do desaparecimento às buscas pelo corpo da jovem Beatriz Santos/Arte g1/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM