Ex-padrasto é preso suspeito de homicídio de adolescente encontrada morta na cama em Mogi das Cruzes

Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de 16 anos, foi encontrada morta sobre a cama Reprodução/Redes sociais A Polícia Civil prendeu temporariamente Carlos Ovidio Batista, o principal suspeito pela morte de Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de 16 anos, na noite desta terça-feira (26). Ela foi encontrada morta sobre a cama no dia 20 de agosto no Parque São Martinho, em Mogi das Cruzes. O suspeito é ex-padrasto da adolescente. De acordo com o delegado do 4º DP de Mogi das Cruzes, Estevão Castro, que é o responsável pela investigação, Batista compareceu à delegacia nesta terça-feira para ser ouvido formalmente no inquérito policial. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp "Até então ele estava achando que estava tranquilo, que ele só seria ouvido e iria embora logo em seguida. Mas, como a gente já colheu outros indícios antes da oitiva dele, a hora que ele chegou aqui eu pedi a prisão pro judiciário. O judiciário concedeu e aí nós aproveitamos que ele já estava aqui e já concretizamos a prisão", informou o delegado. O suspeito tem 60 anos e namorou a mãe da vítima durante cinco anos. Depois disso, teria se envolvido com a irmã da vítima, uma jovem de 23 anos que está grávida dele. Carlos Ovidio Batista foi preso na noite desta terça-feira Divulgação/Polícia Civil Castro explicou que a família de Fernanda já foi ouvida e, segundo os depoimentos, o homem seria o principal suspeito, porque estaria na casa da vítima no dia e horário da morte. Batista teria ainda a informação de que a adolescente estaria sozinha em casa. Outra testemunha teria visto o carro dele em frente ao imóvel no momento do crime. "Agora também pedi autorização para o judiciário pra acessar os dados do celular, até pra ver GPS — por onde ele andou, se o celular aponta que realmente estava no local do crime na hora do crime — e também verificar mensagens, telefonemas, mais alguma coisa interessante pra investigação policial", disse. O delegado informou que o suspeito não apresentou advogado até o momento. Caso Batista apresente defesa, o g1 mantém o espaço aberto para um posicionamento. Relembre o caso Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares se dirigiram até a Estrada Aroeira para averiguar uma denúncia de homicídio. Ao chegarem ao local encontraram a vítima em cima da cama do quarto. O documento aponta que a mãe saiu com a outra filha que está grávida de oito meses para atendimentos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em Taiaçupeba. Ela permaneceu no local até as 14h. LEIA MAIS Avó encontra neta bebê ao lado da filha morta em quarto em Mogi das Cruzes Adolescente encontrada morta sobre a cama é enterrada em Mogi das Cruzes Mãe encontra filha morta no quarto de casa em Mogi das Cruzes Após deixarem a UBS, a filha foi até a Santa Casa enquanto a mãe retornou à residência. Conforme o boletim de ocorrência, ela enviou mensagens para a adolescente por volta das 11h15, mas ela não respondia. Por volta das 16h50, ela entrou no imóvel e encontrou a filha morta sobre a cama. Na casa, também estava a filha de Fernanda, uma bebê de apenas 1 ano e 3 meses, que presenciou o crime. A mulher acionou a PM e o Samu. Os policiais também ouviram a irmã da vítima. Segundo o documento, ela conta que chegou em casa por volta das 19h50. A mulher relatou que seu relacionamento com a vítima não era bom e brigavam constantemente, chegando a registrar um boletim de ocorrência contra a irmã. Ainda de acordo com ela, devido à relação conturbada, seu ex-companheiro, Carlos Ovidio Batista, não gostava da ex-cunhada, mas nunca presenciou ele ameaçando a vítima. No entanto, ela denunciou o ex-companheiro por violência doméstica e obteve uma medida protetiva contra o homem. Batista esteve na casa pedindo para ela retirar a medida protetiva, pois não iria registrar o filho em seu nome, o que foi negado. O homem foi embora na sequência. Em outra data, ele teria dito que se ela não apoiasse a ideia dele morar no mesmo imóvel, aconteceria uma "desgraça". Sobre a irmã, ela relatou que a adolescente é mãe de uma menina de 1 ano e 3 meses e que tinha uma relação conturbada com seu ex-namorado e pai da criança. Conforme o documento, a mulher disse que ele, um jovem de 28 anos, possuía dívidas com várias pessoas e passava o nome da irmã para evitar cobranças. Ela disse ainda que a irmã recebia telefonemas de número privado com ameaças de morte. Afirmou aos policiais que não conhecia onde o jovem mora e disse que ele aplicava golpes com quem teve relacionamento. Um dos investigados, o ex-companheiro da irmã da vítima, negou o crime. Segundo a polícia, ele confirmou que esteve na casa de sua ex para conversar. Ele alegou que pediu a retirada da medida protetiva, pois queria criar o futuro filho com ela. O pedido foi negado e ele teria deixado o local sem discutir com a mulher. Questionado sobre sua relação com a vítima, ele contou que não era boa, pois a princípio conviveu com a mesma por cinco anos e depois teve um relacionamento que durou dois anos com a irmã dela. Ele afirmou que passou o dia todo deitado e que sentia dores no joelho e que iria ao médico no momento da chegada dos policiais. Além disso, disse que soube do ocorrido através dos próprios agentes. A polícia solicitou exames ao Instituto Médico Legal (IML) e apoio do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. O local do crime foi preservado para o trabalho da perícia. Adolescente encontrada morta sobre a cama é enterrada nesta sexta em Mogi das Cruzes Assista a mais notícias do Alto Tietê