Julian Wachner, maestro e compositor que foi demitido há três anos de uma das igrejas mais influentes de Nova York, foi acusado de possuir imagens de abuso sexual infantil nesta terça-feira (27). A informação foi confirmada por promotores do sistema judicial de Indianapolis, no estado americano de Indiana. Museu Van Gogh: local pode fechar as portas ao público caso não tenha dinheiro para reforma Instituto Brasileiro de Teatro: Prédio histórico no centro de SP é revitalizado e vira centro cultural Anteriormente diretor de música e artes de destaque na Trinity Church, uma das igrejas mais ricas e influentes da cidade, Wachner foi demitido do cargo em 2022 em meio a uma investigação sobre uma acusação de má conduta sexual. Após a decisão, o músico, que entrou com um recurso quanto à acusação, viu sua carreira desmoronar e se mudou para Indianápolis, tendo trabalhado mais recentemente como professor de matemática da quarta série em uma escola local. Na semana passada, ele foi preso após uma denúncia às autoridades de que havia usado criptomoeda para comprar material de abuso sexual infantil, segundo documentos judiciais apresentados pelo gabinete do promotor do condado de Marion. De acordo com a investigação, dois dispositivos recuperados pela polícia na casa do acusado continham dezenas de arquivos de material de abuso sexual infantil. Fernanda Torres e Adam Sandler: Quem passou pelo primeiro dia do Festival de Veneza 2025 Um advogado de Wachner, Bill Frederick, não comentou o processo. Ryan Mears, principal promotor do condado de Marion, onde fica Indianápolis, disse que Wachner declarou-se inocente das acusações em uma audiência nesta terça-feira. São 10 acusações de posse de material de abuso sexual infantil e uma acusação de posse de cocaína. O maestro foi libertado da prisão sob fiança na semana passada. Em uma declaração detalhando a investigação, um detetive do Departamento de Polícia Metropolitana de Indianápolis escreveu que o caso havia sido encaminhado às autoridades pelo National Center for Missing and Exploited Children, uma organização sem fins lucrativos que opera uma linha de denúncias. O detetive responsável pelo caso, Jason Zotz, escreveu que as autoridades conseguiram examinar a atividade de Wachner na deep web por meio de informações fornecidas por uma empresa de criptomoedas que permitiram rastrear suas compras em um site que vende material de abuso sexual infantil. Kim Novak: Aos 92 anos, estrela de 'Um corpo que cai', será homenageada no Festival de Cinema de Veneza Depois que as autoridades obtiveram um mandado de busca, policiais abordaram o maestro em seu carro no dia 20 de agosto. Ele foi encaminhado à uma delegacia da região, onde foi interrogado. O detetive Zotz afirma que, durante a conversa, Wachner admitiu ter baixado material de abuso da deep web ao longo de vários anos. Ele indicou aos policiais um laptop e um disco rígido em sua casa que continham o material, bem como uma “quantidade substancial” de cocaína, escreveu o detetive. — Esta investigação está longe de terminar, e todos os materiais ainda não foram analisados neste momento — afirma Mears em uma entrevista. Wachner foi desligado da Trinity depois que uma ex-funcionária da Juilliard School, escola de Ensino superior de Música, Dança e Dramaturgia localizada em Nova York, que o acusou publicamente de beijá-la e apalpá-la em um festival patrocinado pela instituição em que ele se apresentou em 2014. 'Situações de racismo inimagináveis, cruéis': Leandra Leal se emociona ao falar de maternidade e de criar uma filha negra numa sociedade machista Ele negou as acusações de má conduta e tentou reabilitar sua carreira musical, associando-se a uma organização de música clássica que disse tê-lo contratado no ano passado para reger e gravar cantatas de Bach. A organização, conhecida como Concerto Vocale Foundation, disse em um comunicado nesta terça-feira que havia encerrado seu relacionamento com Wachner após as acusações. A escola de Indianápolis onde Wachner havia lecionado recentemente divulgou um comunicado nesta terça-feira afirmando que ele havia sido demitido. A escola, Invent Learning Hub, disse em sua nota que nem seus funcionários nem os membros de sua diretoria sabiam que Wachner estava sob investigação e que não tinham conhecimento “das ações que levaram a essa situação”. O jornal Indianapolis Star noticiou que, na época da prisão de Wachner na semana passada, a escola enviou um comunicado aos pais dizendo que seu “comportamento inadequado” havia ocorrido “fora do horário escolar e fora das dependências da escola”.