Em um post no X, o diretor da polícia federal dos Estados Unidos(FBI), Kash Patel, disse que o tiroteio em uma escola católica em Minneapolis, Minnesota, está sendo investigado como um ato de "terrorismo doméstico" e "crime de ódio contra os católicos". Mais cedo, pelo menos duas crianças morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas após um atirador abrir fogo no local. O criminoso, um homem de cerca de 20 anos, se suicidou. Entenda: Com assassinatos e ameaças, violência política nos EUA está se tornando tão rotineira quanto ataques a tiros em escolas Em julho: Atirador que matou 4 em prédio comercial de Manhattan tinha como alvo sede da NFL O governador do estado, Tim Walz, classificou o episódio como “um ato horrível de violência”, enquanto o presidente do Comitê Nacional Democrata (DNC), Ken Martin, informou que o serviço de emergência médica acionou resposta para múltiplas vítimas. O presidente americano, Donald Trump, disse que “a Casa Branca continuará monitorando esta situação terrível”. Em entrevista coletiva horas após o ocorrido, o chefe da polícia de Minneapolis, Brian O’Hara, confirmou que uma criança de 8 anos e outra de 10 morreram. Segundo ele, o atirador se aproximou pela parte externa do prédio e disparou com um fuzil pelas janelas da igreja, atingindo os alunos que estavam sentados nos bancos durante a missa. Além do fuzil, o atirador portava uma espingarda e uma pistola. O’Hara definiu o ocorrido como “um ato de covardia incompreensível”. O ataque começou por volta das 8h45 (10h45 em Brasília), pouco depois de o colégio abrir suas portas para a missa escolar prevista para todos os alunos às 8h15. Segundo o bispo auxiliar da Arquidiocese de St. Paul e Minneapolis, Kevin Kenny, ao menos 10 crianças foram levadas a um hospital próximo e outras cinco estão no Children’s Minnesota. “Estou orando por nossas crianças e professores, cuja primeira semana de aula foi manchada por esse ato horrível de violência” escreveu Walz no X. O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, afirmou estar monitorando relatos de violência na região e que a equipe de resposta de emergência foi ativada. O FBI também informou estar ciente do incidente. À rede americana MSNBC, a senadora democrata Amy Klobuchar, disse ter conversado com a mãe de uma aluna por telefone — e descreveu a ligação como “uma das coisas mais angustiantes” que já ouviu. Segundo ela, a filha da mulher, uma estudante da 7ª série, assistiu amigos serem baleados durante o ataque. A senadora acrescentou que as crianças foram levadas a hospitais infantis de qualidade na região. — Esses alunos participavam de uma missa escolar quando viram várias amigas serem atingidas: uma nas costas, outra no pescoço. Todos se abaixaram sob os bancos, e a filha dela, felizmente, não foi atingida, mas acabou sendo quem informou a um pai que sua filha havia sido ferida. Mais cedo, autoridades locais haviam informado que o atirador foi contido e que não havia ameaça ativa à comunidade no momento, pedindo que a população evite a área para permitir que socorristas atendam as vítimas. Equipes da polícia local e estadual, assim como agentes federais do Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo (ATF), se dirigiram à escola. Uma funcionária informou à Associated Press que os alunos estavam sendo evacuados. Fundada em 1923, a escola atende turmas do jardim de infância até o oitavo ano. Segundo o site da instituição, estava previsto para esta quarta-feira um culto religioso para todos os alunos às 8h15 da manhã no horário local. As aulas começaram na segunda-feira, e fotos publicadas nas redes sociais mostram estudantes de uniforme verde sorrindo e se cumprimentando nos bicicletários, além de sentados juntos nas salas. O ataque desta quarta é o mais recente de uma série de incidentes com armas de fogo em menos de 24 horas na cidade. Na tarde de terça-feira, uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas em um tiroteio em frente a uma escola de ensino médio em Minneapolis. Horas depois, duas outras pessoas morreram em dois tiroteios distintos na cidade.