Condomínio em SP: perguntas e respostas sobre economia de água e reuso

Sabesp começa a reduzir a pressão da água Com a crise hídrica se agravando e o consumo de água nos condomínios em alta, especialistas alertam para a urgência de medidas simples e coletivas que podem fazer diferença. De campanhas de conscientização à adoção de sistemas de reuso, síndicos e moradores têm papel fundamental na economia e no uso responsável da água. Mas afinal, como engajar os condôminos, quais práticas funcionam? No SP1, o especialista Marcio Rachkorsky esclarece as principais dúvidas sobre o tema. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 SP no WhatsApp ?Como o condomínio pode engajar os moradores? A principal ferramenta é a comunicação. O síndico deve reforçar constantemente a importância da economia de água por meio de mensagens em elevadores, grupos de WhatsApp, e-mails e quadros de avisos. A ideia é criar uma cultura de responsabilidade coletiva, chamando todos os moradores para o compromisso com o uso consciente da água. ❓Como o morador podem colaborar individualmente? Práticas simples fazem a diferença? Sim. Pequenos hábitos fazem grande diferença. Trocar a mangueira por um balde, reduzir o tempo de banho, fechar a torneira ao escovar os dentes ou fazer a barba, e usar a máquina de lavar apenas com carga máxima são atitudes que ajudam a economizar. O banho, em especial, é apontado como o maior vilão do consumo excessivo. Como funciona o sistema de reuso de água em condomínios? Quais tipos de água podem ser reaproveitados e para quais fins? O sistema de reuso, geralmente, aproveita a água da chuva e a água da máquina de lavar. A água da chuva pode ser armazenada para lavar áreas comuns e regar jardins. Já a água da máquina pode ser reaproveitada para limpeza de pisos e outras superfícies. Nenhuma dessas águas é potável, portanto não devem ser usadas para consumo humano. A água da chuva pode ser usada para qualquer finalidade dentro do condomínio? Quais são os limites legais e sanitários? Não. A água da chuva não é potável e não pode ser enviada para a caixa d’água do prédio. Seu uso deve se restringir a fins não potáveis, como limpeza de áreas externas e irrigação. O uso inadequado pode representar riscos à saúde, por isso, é importante seguir as normas sanitárias. Moradores que vivem em andares baixos consomem mais água por conta da pressão? Devem ter cuidado redobrado? Nos prédios modernos, esse problema é minimizado por válvulas redutoras de pressão instaladas ao longo da tubulação. Elas equilibram a força da água entre os andares. Já em casas, a pressão pode ser maior nos andares inferiores, exigindo atenção ao abrir torneiras para evitar desperdício. O condomínio pode exigir que moradores instalem redutores de pressão nas torneiras e chuveiros? Não pode exigir, mas pode incentivar. O síndico pode promover campanhas de conscientização e sugerir compras coletivas desses equipamentos, que são acessíveis e ajudam a reduzir o consumo sem comprometer o conforto. A instalação é simples, e o impacto na economia de água é significativo. Como devem ser as caixas d'água dos prédios? Qual a reserva ideal? A primeira preocupação deve ser com a limpeza. Caixas d’águas sujas representam risco à saúde. Além disso, é importante manter o nível sempre alto e, se possível, instalar sensores que alertem sobre vazamentos. A reserva ideal é suficiente para abastecer o prédio por pelo menos 36 horas, garantindo segurança em caso de interrupções no fornecimento. Márcio Rachkorsky responde sobre economia de água nos condomínios Reprodução