Andry Rajoelina, presidente de Madagascar , deixou o país sem anunciar renúncia. Em discurso transmitido pela TV estatal na noite desta segunda-feira, 13, ele declarou ter buscado refúgio para “proteger a própria vida”. O chefe de Estado enfrentava protestos desde setembro. Jovens da geração Z lideraram os atos. O movimento ganhou força no sábado 11, quando a Capsat, unidade de elite do Exército, passou a exigir a renúncia de Rajoelina e de seus ministros. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste O presidente classificou a ofensiva como uma tentativa ilegal de tomada de poder. Ele afirmou que buscou segurança diante da escalada da crise. “Fui forçado a encontrar um lugar seguro para proteger minha vida”. Horas antes do discurso, soldados tentaram tomar o controle da emissora estatal. Durante a ausência de Rajoelina, a Capsat assumiu o comando das Forças Armadas e nomeou novo chefe militar. O coronel Michael Randrianirina recebeu apoio do ministro da Defesa. Randrianirina disse que o Exército atendeu aos apelos populares. Ele negou que o movimento seja um golpe de Estado . https://www.youtube.com/watch?v=DgZLgA_PxFw Em contrapartida, Rajoelina pediu diálogo e respeito à Constituição. Não informou seu destino. A imprensa local acredita que ele teria embarcado em um avião militar francês. No entanto, o governo da França não confirmou a informação. A ligação entre os dois países permanece forte, já que Madagascar é ex-colônia francesa. Assim, parte da população critica o fato de o presidente também possuir cidadania francesa. Rajoelina chegou ao poder com o apoio da cúpula militar Os protestos começaram em 25 de setembro. Inicialmente, os manifestantes reclamavam dos cortes de água e luz. Com o tempo, o movimento passou a denunciar corrupção, inflação e falta de acesso à educação. A Organização das Nações Unidas contabilizou pelo menos 22 mortos e dezenas de feridos. A instabilidade atual lembra a crise de 2009. Na época, o próprio Rajoelina chegou ao poder com apoio da Capsat, que depôs o então presidente Marc Ravalomanana. Ele venceu a eleição de 2018 e se reelegeu em 2023. + Leia também: "Militares rebeldes em Madagáscar assumem as Forças Armadas; governo vê golpe" A Embaixada dos Estados Unidos em Antananarivo pediu que cidadãos norte-americanos permaneçam em locais seguros. O alerta descreve o cenário como “altamente volátil e imprevisível”. A União Africana também se manifestou e apelou por calma e moderação. O post Presidente de Madagascar foge do país durante levante militar apareceu primeiro em Revista Oeste .