A General Motors está registrando perdas de US$ 1,6 bilhão relacionadas à redução de seus planos de produção de veículos elétricos, destacando o impacto sobre as montadoras americanas causado pela queda no apoio federal aos veículos elétricos. Sob temor das tarifas: General Motors reduz produção no México e investe US$ 4 bi em plantas nos EUA Toyota: Novo SUV será um Corolla cupê híbrido flex e chega em 2028 Prejuízos contábeis e outras despesas, totalizando US$ 1,2 bilhão, são resultado de ajustes na capacidade de produção de veículos elétricos, informou a GM nesta terça-feira. O restante dos custos está relacionado ao cancelamento de contratos e à liquidação de acordos comerciais ligados a investimentos em veículos elétricos e terá impacto em caixa. A GM alertou que a reavaliação de sua estrutura de fabricação de veículos elétricos ainda está em andamento e que é “razoavelmente possível” que reconheça novos encargos que prejudiquem seus resultados nos próximos trimestres. As ações da montadora caíram 3,3% antes da abertura do pregão regular em Nova York. Trump acaba com incentivo As montadoras têm recalibrado seus investimentos e planos de produção de veículos elétricos, à medida que as políticas do presidente Donald Trump introduzem volatilidade no mercado automobilístico dos EUA. O governo eliminou os créditos fiscais para veículos elétricos no fim do mês passado e anulou na prática os padrões de economia de combustível e emissões, incentivando as empresas a vender veículos a gasolina mais lucrativos e produzir menos elétricos. Initial plugin text “Após as recentes mudanças na política do governo dos EUA, incluindo o fim de certos incentivos fiscais para a compra de veículos elétricos e a redução na rigidez das regulamentações de emissões, esperamos que a taxa de adoção de veículos elétricos diminua”, afirmou a GM no documento. As ações da GM subiram 4,4% neste ano até o fechamento de segunda-feira, ficando atrás do avanço de 13% do índice S&P 500. Rede elétrica colossal: Saiba como a China leva energia limpa para mover milhões de carros elétricos e trens a 300 km/h? No mês passado, a GM anunciou que relançará o Chevrolet Bolt EV em dezembro, com um único turno de produção em sua fábrica no Kansas — redução em relação ao plano anterior de dois turnos. A empresa também programou uma paralisação em dezembro em sua fábrica no Tennessee, onde produz os Cadillac Lyriq e Vistiq EVs, e reduzirá a produção para um turno de janeiro a maio. Na época, a montadora afirmou estar “fazendo ajustes estratégicos de produção em alinhamento com o crescimento mais lento esperado do setor de EVs e da demanda dos clientes”. As medidas ecoam as da rival Ford Motor., que adiou ou cancelou alguns modelos elétricos e realocou recursos financeiros de sua divisão de EVs, que tem dado prejuízo. A Ford registrou uma perda de US$ 1,9 bilhão no ano passado, ligada ao cancelamento de planos para um utilitário esportivo elétrico. No Brasil: Mercado de carro elétrico no país tem potencial de movimentar R$ 200 bi por ano a partir de 2030 Desde então, as perspectivas para os veículos elétricos tornaram-se ainda mais incertas. O CEO da Ford, Jim Farley, afirmou no mês passado que o mercado de veículos elétricos será “muito menor do que pensávamos”, já que as políticas de Trump empurram os consumidores para veículos movidos a gasolina. O recuo ocorre apesar do aumento recente nas vendas de veículos elétricos, impulsionado em parte por consumidores que correram para aproveitar os créditos fiscais antes de sua expiração. As vendas da GM nos EUA no terceiro trimestre subiram 8%, lideradas pelos veículos elétricos, cujas entregas dobraram para mais de 66 mil carros e caminhões. A GM divulgará seus resultados financeiros do trimestre na próxima terça-feira, dia 21. Initial plugin text