O vereador paulistano Adrilles Jorge (União Brasil) negou, nesta terça-feira, 14, a prática do crime de "rachadinha" em seu gabinete. A manifestação do parlamentar ocorre um dia depois da revelação de que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu investigação para apurar denúncia de um suposto esquema no gabinete dele. "Trata-se de iniciativa de dois ex-funcionários de seu gabinete, exonerados, meses atrás, pelo próprio parlamentar, por questões éticas", afirma a equipe de comunicação de Adrilles, em nota encaminhada a Oeste (confira a íntegra no fim do texto). "Além de demonstrarem desconformidade com os propósitos e com a conduta do mandato, passaram, de uns tempos para cá, a perseguir, assediar, chantagear, ameaçar o vereador e, até mesmo, a fazer gravações do dia a dia do gabinete — lançando mão de expediente indiscutivelmente absurdo e criminoso.” Os nomes dos dois ex-funcionários não foram mencionados pela assessoria do vereador nem pelo noticiário. Conforme a Record TV, primeiro veículo a abordar a denúncia do MPSP, a dupla teria repassado mensalmente parte do salário para o então chefe do gabinete de Adrilles na Câmara Municipal de São Paulo , Célio Adriano Rodrigues. Os repasses seriam de R$ 1,5 mil. + Leia mais notícias de Política em Oeste Tenente aposentado do Exército, Rodrigues já atuou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Ele foi afastado do cargo de chefe de gabinete de Adrilles Jorge na última quarta-feira, 8. "De toda maneira, e até que as investigações sejam concluídas, o chefe de gabinete acusado pelos ex-servidores de prática imoral foi afastado", prossegue a equipe de comunicação do político do União Brasil, a respeito da situação de momento de Rodrigues. "Não fazendo, assim, mais parte do quadro de colaboradores." Adrilles fala em pagamento para manutenção de ar-condicionado Antes do envio da nota por meio da assessoria de imprensa, Adrilles Jorge divulgou vídeo em seu perfil no Instagram. Também sem mencionar nomes, ele rechaça a suspeita de "rachadinha" em seu gabinete. De acordo com o vereador, houve pagamento, por parte de alguns servidores, de duas parcelas de R$ 1,5 mil para arcar com o serviço de manutenção do aparelho de ar condicionado do gabinete. O valor, segundo o parlamentar paulistano, foi originalmente pago por um único colaborador, uma vez que a Câmara Municipal de São Paulo não cobriu os custos. "Gente criminosa me acusando de seus crimes", disse Adrilles, em postagem no Instagram. "Gente que eu demiti por atos antiéticos. Perseguiram, constrangeram, assediaram pessoas no meu gabinete. Agora esses dois, por vingança, me acusam." "Eles sabem que eu, que sempre acusei esquemas bilionários de corrupção, tenho inimigos políticos aos milhares na imprensa e até em parte do Judiciário", prosseguiu o vereador. "Sabem que o sistema todo quer se unir contra quem combate o sistema. Não cola. Essa gente toda não vale nem duas prestações de R$ 1,5 mil." Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Adrilles Jorge (@adrillesjorge) Em contato com a reportagem, Adrilles afirmou que passou a realizar diligências internas. Nesse sentido, ressaltou que ninguém "depositou rigorosamente nada". "É uma perseguição", reclamou. "Seria muito burro alguém se sujar por duas parcelas de R$ 1,5 mil." Íntegra do comunicado Leia, abaixo, a íntegra do comunicado enviado a Oeste pela equipe de comunicação do vereador paulistano Adrilles Jorge: "DENÚNCIA MP Trata-se de iniciativa de dois ex-funcionários de seu gabinete, exonerados, meses atrás, pelo próprio parlamentar, por questões éticas. Além de demonstrarem desconformidade com os propósitos e com a conduta do mandato, passaram, de uns tempos para cá, a perseguir, assediar, chantagear, ameaçar o vereador e, até mesmo, a fazer gravações do dia a dia do gabinete — lançando mão de expediente indiscutivelmente absurdo e criminoso. O vereador de São Paulo Adrilles Jorge (União Brasil) assegura que nenhum ato ilícito (o que abomina veementemente) foi praticado em seu gabinete — não com seu conhecimento e/ou consentimento; e se, eventualmente, ficar comprovado algo de ilegal, providências serão tomadas também pelo parlamentar. De toda maneira, e até que as investigações sejam concluídas, o chefe de gabinete acusado pelos ex-servidores de prática imoral foi afastado do gabinete, não fazendo, assim, mais parte do quadro de colaboradores. E, não menos importante: qualquer acusação que venha a desonrar a pessoa física e o mandato do vereador, sem nenhuma comprovação legal, poderá resultar em providências jurídicas, estando os autores das ilações passíveis de sanções legais. Assessoria Jurídica e de Comunicação Vereador Adrilles Jorge (União Brasil) | Câmara Municipal de São Paulo" Leia também: "A nova caixa-preta de Brasília" , reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 191 da Revista Oeste O post Investigado por suposta ‘rachadinha’, Adrilles se diz vítima de vingança de ex-assessores apareceu primeiro em Revista Oeste .