7 erros que você comete ao usar o Gemini e não sabe

O Gemini Google é uma ferramenta que pode ser útil desde que explorada da maneira correta. No entanto, muitos usuários cometem erros simples que comprometem a qualidade das respostas geradas pela inteligência artificial (IA). Entre os deslizes mais comuns estão fazer perguntas vagas e sem contexto, aceitar a primeira resposta sem questionar, não definir restrições ou limitações, entre outros. Nas próximas linhas, confira sete erros que você comete ao usar o Gemini e não sabe — e descubra como criar o “prompt perfeito” para extrair o melhor da IA. 7 funções do Gemini que vão fazer sua produtividade dobrar no trabalho Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews Grupo do TechTudo no Telegram: receba ofertas e cupons de desconto todos os dias 7 erros que você comete ao usar o Gemini e não sabe Laura Storino/TechTudo Inteligência artificial é perigosa? Entenda no Fórum TechTudo 7 erros que você comete ao usar o Gemini e não sabe Fazer perguntas vagas ou genéricas Não pedir para a IA "pensar passo a passo" Aceitar a primeira resposta sem questionar Não usar exemplos no seu prompt Esquecer que o Gemini tem acesso à internet (ou não usar isso) Não iterar e refinar as respostas Não definir restrições e limitações O que o prompt perfeito precisa ter? 1. Fazer perguntas vagas ou genéricas Um dos erros mais comuns ao interagir com o Gemini é fazer perguntas vagas ou genéricas, como “me fale sobre marketing” ou “o que é Python?”. Embora essas questões possam parecer boas para iniciar uma conversa, elas carecem de contexto e especificidade, o que limita a capacidade da IA de oferecer respostas relevantes. Quando o usuário não define claramente o que quer saber, o Gemini pode gerar respostas amplas e superficiais, que pouco servem para resolver dúvidas reais ou avançar no aprendizado. Isso acaba gerando um ciclo de refinamento, no qual o usuário precisa reformular a pergunta várias vezes até obter algo mais interessante. Para evitar esse problema com o Gemini, é fundamental ser específico desde o início. Em vez de perguntar “como fazer marketing?”, experimente algo mais contextualizado como “quais estratégias de marketing digital funcionam melhor para e-commerce de moda no Brasil?”. Essa formulação já indica o nicho (e-commerce de moda), o canal (marketing digital) e o contexto geográfico (Brasil), e permite que o Gemini entregue uma resposta mais direcionada e prática. Além disso, incluir informações como seu nível de conhecimento sobre o tema, o objetivo final da pergunta e eventuais restrições (como orçamento ou tempo disponível) ajuda a IA a adaptar a resposta às suas necessidades reais. Quanto mais claro e contextualizado for o seu pedido, melhor será o retorno do Gemini. Exemplo prático ❌ Ruim: "me ajude com receitas vegetarianas" ✅ Bom: "sugira 3 receitas vegetarianas rápidas (menos de 30 min) com ingredientes que tenho em casa: batata, cenoura, feijão e arroz" Perguntas feitas ao Gemini devem ser específicas Reprodução/Diego Cataldo 2. Não pedir para a IA "pensar passo a passo" Outro erro comum ao usar o Gemini é não solicitar que a IA “pense passo a passo” ao lidar com problemas mais complexos. Muitas vezes, o usuário faz perguntas diretas e esperam uma resposta imediata, como “qual é o resultado dessa equação?” ou “como resolvo esse bug no código?”. Embora o Gemini consiga fornecer respostas diretas, esse tipo de abordagem pode levar a erros de lógica ou a soluções incompletas, principalmente em tarefas que exigem raciocínio estruturado, como matemática, programação ou análise de dados. Quando a IA não é orientada a seguir uma linha de raciocínio, ela pode “pular etapas” importantes e chegar a conclusões precipitadas ou ignorar nuances do problema. Dessa forma, a precisão da resposta é comprometida e isso pode gerar retrabalho para o usuário, que terá que revisar ou corrigir o resultado por conta própria. A melhor forma de evitar esse problema é incentivar o uso de técnicas de chain-of-thought, ou seja, pedir explicitamente que a IA explique seu raciocínio em etapas. Frases como “explique seu raciocínio passo a passo” ou “antes de responder, analise o problema em etapas” ajudam o Gemini a organizar melhor a resposta e a considerar todos os elementos relevantes. Em cálculos matemáticos ou na geração de código, por exemplo, vale a pena solicitar que o processo seja mostrado detalhadamente para uma melhor compreensão e verificação do resultado. Exemplo prático ❌ "Quanto é 15% de desconto em R$ 347?" ✅ "Calcule 15% de desconto em R$ 347, mostrando passo a passo: primeiro o valor do desconto, depois o preço final" Peça para a IA explicar o passo a passo Reprodução/Diego Cataldo 3. Aceitar a primeira resposta sem questionar Aceitar a primeira resposta do Gemini sem questionar é outro erro. Muitos usuários copiam e colam o que recebem, sem verificar a veracidade das informações, pedir fontes ou explorar outras possibilidades. Isso pode comprometer a qualidade do resultado, principalmente porque, como qualquer outra IA, o Gemini pode “alucinar” nas respostas — ou seja, gerar informações incorretas, inventadas ou desatualizadas. Além disso, a primeira resposta nem sempre é a mais completa ou adequada ao seu contexto específico. Para evitar esse problema, adote uma postura mais crítica e investigativa. Sempre que possível, peça ao Gemini para verificar o que foi dito com frases como “tem certeza? verifique essa informação” ou “me mostre a fonte dessa afirmação”. Essa abordagem ajuda a garantir que a resposta esteja baseada em dados confiáveis. Também é útil solicitar alternativas, por exemplo: “me dê três abordagens diferentes para resolver esse problema”. Essa prática amplia sua visão sobre o tema e permite escolher a solução mais adequada ao seu caso. Outra estratégia é confrontar a IA com informações divergentes. Se você leu algo diferente em outro lugar, diga: “isso contradiz [escreva as informações] que eu li, explique a diferença”. Isso estimula o Gemini a revisar o raciocínio e esclarecer possíveis inconsistências. Exemplo prático Depois de receber uma resposta técnica, pergunte: "existem exceções ou casos em que isso não se aplica?" Faça o teste com perguntas Laura Storino/TechTudo 4. Não usar exemplos no seu prompt Mais um erro que compromete a qualidade das respostas do Gemini é não incluir exemplos no seu prompt. Muitos usuários esperam que a IA adivinhe o tom, o formato ou o estilo desejado, sem fornecer nenhuma referência clara. Isso pode gerar resultados que fogem completamente da expectativa — por exemplo, um texto excessivamente formal quando o objetivo era algo leve e descontraído, ou uma explicação técnica demais para um público leigo. A ausência de exemplos e direcionamentos faz com que o Gemini tenha que “adivinhar” o que você quer, o que nem sempre funciona bem. Embora a IA seja versátil, ela precisa de pistas para calibrar sua resposta com precisão. Quando o prompt é genérico, o risco de receber algo fora de contexto aumenta — e você acaba tendo que pedir ajustes ou reescrever partes por conta própria. A solução está em usar a técnica conhecida como few-shot prompting. Isso significa incluir um ou dois exemplos do tipo de resposta que você espera. Por exemplo, se você quer que o Gemini escreva uma legenda para redes sociais com tom informal, pode dizer: “Escreva algo como: ‘Começando a semana com tudo! ’”. Além disso, especifique o tom (“leve e motivacional”), o formato (“uma frase curta”) e o público-alvo (“jovens empreendedores brasileiros”). Com essas informações, a IA consegue adaptar o conteúdo com muito mais precisão e relevância. Exemplo prático ❌ "escreva um post para Instagram sobre café" ✅ "escreva um post para Instagram sobre café no estilo: 'Aquele momento em que o café salva sua segunda-feira ☕ Quem mais depende dessa magia líquida? ' — use emoji, tom leve, faça uma pergunta no final" Dê exemplos para o Gemini se guiar no conteúdo Reprodução/Diego Cataldo 5. Esquecer que o Gemini tem acesso à internet (ou não usar isso) Um erro que muitos usuários cometem ao usar o Gemini é esquecer — ou simplesmente não aproveitar — que ele tem acesso à internet. Diferentemente de outras IAs que operam apenas com conhecimento prévio, o Gemini pode buscar informações em tempo real sobre eventos recentes, preços, tendências, notícias e muito mais. Quando o usuário faz perguntas sobre temas atuais sem pedir explicitamente por uma busca atualizada, corre o risco de receber respostas desatualizadas ou baseadas em dados antigos. Esse descuido representa a perda de uma das maiores vantagens do Gemini. Por exemplo, ao perguntar “qual é o preço do iPhone 15?”, sem solicitar uma verificação atual, a IA pode responder com valores aproximados ou de meses atrás. Da mesma forma, ao pedir uma análise sobre eleições, lançamentos de produtos ou mudanças em leis, o conteúdo pode estar defasado se não houver uma busca ativa. Para resolver esse problema, o ideal é incluir no seu prompt instruções claras como: “busque informações atualizadas sobre…” ou “verifique os dados mais recentes sobre…”. Isso ativa a capacidade de pesquisa em tempo real e garante que a resposta este já alinhada com o momento atual. Além disso, o Gemini é excelente para tarefas como comparar preços de produtos, verificar tendências de mercado, acompanhar notícias ou entender mudanças em regulamentações. Basta pedir No entanto, é importante verificar qual versão do Gemini você está usando, já que nem todas têm acesso à internet habilitado. Se estiver usando uma versão com busca, aproveite ao máximo essa funcionalidade. Exemplo prático ✅ "Quais são as notícias mais importantes sobre IA esta semana? Busque as mais recentes" ✅ "Compare preços atuais do iPhone 15 nas principais lojas brasileiras" Utilize a IA para buscar informações atualizadas em tempo real Reprodução/Diego Cataldo 6. Não iterar e refinar as respostas Um erro que limita o potencial do Gemini é não iterar nem refinar as respostas ao longo da conversa. Muitos usuários tratam cada interação como isolada, como se estivessem apertando um botão e esperando uma solução pronta. Quando a primeira resposta não é perfeita — o que é comum em tarefas criativas ou complexas — alguns simplesmente desistem ou tentam começar do zero, perdendo a oportunidade de construir algo realmente excelente a partir do que já foi gerado. Esse tipo de comportamento ignora uma das maiores forças da IA, que é a capacidade de manter contexto e evoluir junto com o usuário. Ao não aproveitar esse recurso, o resultado tende a ser medíocre, genérico ou pouco alinhado com o que se deseja. Já quando o usuário trata a interação como uma conversa contínua, o Gemini consegue ajustar tom, estilo, profundidade e até combinar ideias anteriores para chegar a algo muito mais refinado. A solução para esse problema é muito simples. Basta pedir ajustes progressivos. Por exemplo, depois de receber uma primeira versão de um texto, diga “agora pegue isso e deixe mais conciso” ou “bom, mas agora adicione humor”. Se a linguagem estiver muito técnica, peça “remova o jargão técnico e torne mais acessível”. E se você recebeu várias versões, experimente combinar: “misture a ideia 1 com o tom da versão 2”. Exemplo prático "Escreva um e-mail profissional pedindo prazo extra" "Está muito formal, deixe mais amigável mas mantenha profissionalismo" "Perfeito, agora adicione uma justificativa sobre sobrecarga de demandas" Refina as respostas geradas pelo Gemini Laura Storino/TechTudo 7. Não definir restrições e limitações Por fim, outro erro muito comum ao usar o Gemini é não definir restrições e limitações claras no prompt. Quando o usuário pede algo sem especificar tamanho, formato ou estilo desejado, a IA precisa “adivinhar” como entregar a resposta — e isso frequentemente resulta em conteúdos longos demais, curtos demais ou estruturados de forma inadequada. O resultado? Você acaba gastando tempo ajustando, reformatando ou reescrevendo algo que poderia ter vindo pronto e no ponto certo. Isso se torna um problema em tarefas que exigem precisão, como textos para redes sociais, apresentações, e-mails corporativos ou explicações técnicas. Sem limites claros, o Gemini pode gerar um parágrafo quando você queria uma lista, ou usar linguagem técnica quando o público é leigo. E pior: pode incluir elementos que você não queria, como clichês, tom vendedor ou jargões desnecessários. Para contornar isso, defina suas restrições desde o início. Especifique o tamanho (“máximo de 150 palavras”), o formato (“em tópicos”, “em tabela”, “em parágrafos curtos”) e o estilo (“linguagem corporativa”, “sem termos técnicos”, “voltado para iniciantes”). Também vale dizer à IA o que evitar: “não use clichês”, “evite tom publicitário”, “não inclua emojis”. Quanto mais claro você for sobre o que quer — e o que não quer — mais alinhada será a resposta. Exemplo prático ❌ "Explique blockchain" ✅ "Explique blockchain em exatamente 3 parágrafos curtos (máximo 500 caracteres total), usando analogia com banco, para alguém que não sabe nada de tecnologia, evitando termos como 'hash' e 'nó'" Defina restrições e limitações para as respostas geradas pelo Gemini Reprodução/Diego Cataldo O que o prompt perfeito precisa ter? Para extrair o máximo do Gemini, você deve entender que a qualidade do resultado está ligada à forma como a pergunta é feita. Pequenos ajustes no prompt podem transformar respostas genéricas em conteúdos precisos, criativos e desenvolvidos sob medida. Quanto mais você experimenta e refina a comunicação com a IA, melhor ela se adapta ao seu estilo e às suas necessidades. No entanto, não existe uma fórmula rígida que defina o prompt perfeito. A estrutura de comando que orienta a IA parte da junção destes cinco elementos: Papel/Contexto — Defina quem é você e o que quer do Gemini. Exemplo: "Sou publicitário e quero que você atue como um redator da área". Tarefa clara — Explique exatamente o que você quer que a IA faça e evite pedidos vagos. Exemplo: "Crie uma chamada de anúncio para um curso de gastronomia voltado para adultos iniciantes". Formato desejado — Indique como você quer a resposta, se em formato de lista, tabela, bullet points, etc. Exemplo: "Escreva em formato de lista com três opções curtas e diretas". Restrições — Estabeleça limites de tamanho, estilo, linguagem e conteúdo. Exemplo: "Uso no máximo 200 caracteres, sem termos técnicos e com linguagem informal". Exemplos (quando relevante) — Inclua um ou dois exemplos do que você espera para que o Gemini entenda o estilo e tom. Exemplo: "Algo como: 'Aprenda a cozinhar sem enrolação. Comece hoje!". Veja dicas para criar o prompt perfeito no Gemini Laura Storino/TechTudo Mais do TechTudo Veja também: Fim dos provadores de roupas? Gemini apresenta recurso inédito! Fim dos provadores de roupas? 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