As vendas do comércio voltaram a subir em agosto. O avanço foi de 0,2% na comparação com julho, após quatro meses seguidos de queda, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira. Apesar do retorno ao terreno positivo, o número reforça a perda de fôlego do consumo das famílias. Dados recentes mostram que, apesar do bom momento do mercado de trabalho e da alta da renda, o nível de endividamento está elevado, o que compromete o orçamento. Efeito dos juros altos, que estão no patamar de 15% ao ano há meses e assim devem permanecer por "um tempo prolongado", como indicou o Banco Central. De acordo com a pesquisa do IBGE, o varejo acumula crescimento de 1,6% no ano e 2,2% em 12 meses, a menor taxa desde janeiro de 2024. “Temos que lembrar que são cinco meses consecutivos com variações muito baixas, muito próximas de zero, tanto pra cima quanto pra baixo", diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, sobre o desempenho do setor desde abril. Março foi o pico da série com ajuste sazonal. Matéria em atualização