Após reunião com Haddad e Alcolumbre, Randolfe diz que prioridade é recuperar corte de despesas após Congresso rejeitar MP

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo na negociação com o Congresso para recompor o Orçamento após a derrota da Medida Provisória alternativa ao IOF está centrada no primeiro momento em recuperar os cortes que estavam previstos nas despesas. Randolfe participou de uma reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. — A prioridade é buscarmos salvar da anterior medida provisória 1303 pelo menos o que é consensual, a parte relativa às despesas era algo consensual. Nós queremos debater com o Congresso quais as alternativas para resolver essa parte relativa à despesa, que inclusive era dois terços sobre o conteúdo dessa medida provisória. O presidente Davi se colocou à disposição para construir uma solução — disse Randolfe. Governo articula empréstimo com bancos: Correios calculam necessidade de R$ 20 bi para fechar as contas Entenda: como um incêndio no Paraná pode causar apagão em várias localidades no país? A reunião ocorre após o Congresso Nacional derrubar a medida provisória que previa aumento de impostos como alternativa ao Imposto de Operações Financeiras (IOF). Com a rejeição da MP, o governo terá que cobrir um rombo fiscal de R$ 46 bilhões em dois anos, incluindo frustração na arrecadação e cortes de gastos que não vão acontecer. O PLDO aguarda votação na comissão há semanas. A última previsão era de que seria analisado nesta terça, mas foi adiada a pedido de Haddad, que queria discutir as receitas frustradas. Após adiamento de votação: Haddad nega mudança da meta fiscal e vai discutir LDO com Alcolumbre Haddad afirmou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que já recebeu “acenos de parlamentares para corrigir o que aconteceu” após a derrubada da MP: — Estamos aguardando a volta do presidente da República hoje (ontem). Amanhã (hoje) devemos começar a trabalhar o tema. Mas já recebi de vários parlamentares acenos no sentido de corrigir o que aconteceu. O ministro negou que o governo esteja considerando mudar a meta fiscal de 2026 e afirmou que deve conversar com o presidente do Congresso para discutir os cenários da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). — Não (a mudança da meta não está na mesa). Cada cenário tem uma consequência. Eu preciso explicar para ele (Davi Alcolumbre) quais vão ser as consequências de cá — disse o ministro, após participar de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Initial plugin text