O avanço das investigações sobre o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, resultou na prisão de mais um suspeito nesta quarta-feira, 15, data em que o crime completa um mês. A Polícia Civil prendeu Danilo Pereira Pena, de 36 anos, conhecido como "Matemático", por suspeita de ter ordenado parte da logística do crime. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste De acordo com os investigadores, Danilo teria orientado Luiz Henrique Santos Batista, o "Fofão", a transportar Rafael Marcell Dias Simões, apelidado de "Jaguar", de São Vicente para a capital paulista. A polícia já havia prendido os dois anteriormente, assim como outros quatro suspeitos, elevando para seis o número de detidos. Outras duas pessoas permanecem foragidas e um suspeito morreu em confronto com a polícia. https://www.youtube.com/watch?v=vGKjqrVhOf4 Envolvimento do PCC As autoridades já confirmaram o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) no crime e destacaram o histórico de Ruy Ferraz no combate ao crime organizado durante mais de quatro décadas na Polícia Civil. Mesmo depois de se aposentar em 2023, ele continuou recebendo ameaças, como revela um relatório de 2024 obtido pelo Fantástico, da Rede Globo, que detalhava planos de ataques contra autoridades. Execução de Ruy Ferraz Os criminosos executaram o ex-delegado em 15 de setembro, depois que Ferraz deixou o expediente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, onde trabalhava desde a aposentadoria. Os assassinos efetuaram 12 disparos de fuzil contra o ex-delegado. As investigações apontam que, além de uma possível vingança do crime organizado, sua atuação na secretaria também pode ter relação com a motivação para o crime. Imagens do sistema de câmeras de segurança da prefeitura indicam que Ruy já vinha sendo monitorado há mais de um mês antes do homicídio. Um dos veículos utilizados foi registrado no litoral paulista em 18 de agosto. Além desse, outro carro e uma caminhonete participaram da ação. Os criminosos abandonaram e incendiaram a caminhonete, que passou por perícia para coleta de digitais. Detalhes da investigação A Polícia Civil constatou o grupo envolvido no crime usou casas alugadas. Um dos imóveis, em Praia Grande, e outro, em Mongaguá, passaram por perícia técnica. As detenções até o momento incluem Willian Silva Marques, Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista, Rafael Marcell Dias Simões, Felipe Avelino da Silva e Danilo Pereira Pena. Os foragidos são: Flávio Henrique Ferreira de Souza, cujo DNA foi encontrado em um dos carros; e Luis Antonio Rodrigues de Miranda, suspeito de ordenar a busca de um dos fuzis utilizados. Umberto Alberto Gomes, identificado depois de a polícia encontrar digitais em um imóvel utilizado pela quadrilha, morreu em confronto com policiais civis do Paraná em 30 de setembro. Leia também: "A multinacional do crime organizado" , reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 290 da Revista Oeste O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que Rafael Simões, o Jaguar, foi um dos atiradores. Os advogados de defesa negam a participação dele. Derrite também apontou Umberto Gomes como outro atirador, morto durante confronto. Ao menos quatro suspeitos aparecem nas imagens do crime, mas nem todos foram identificados. O post Caso Ruy Ferraz: polícia prende 6ª suspeito de envolvimento na morte de ex-delegado apareceu primeiro em Revista Oeste .