Presidente de estatal deixa cargo em meio a denúncias

O presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Cavalcante Melo, comunicou sua saída da estatal, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia . Ele é alvo de denúncias referentes ao uso de dinheiro público para bancar gastos pessoais durante viagens. O anúncio veio em meio a pressões e críticas, especialmente depois de revelações sobre despesas em hotéis de luxo e refeições custeadas pela estatal para ele e seus filhos. Em mensagem ao grupo interno do SGB enviada às 17h39 desta terça-feira, 14, Melo comunicou a saída. “Pessoal, encerro aqui meu ciclo à frente do SGB. Foram tempos de muito trabalho, aprendizado e superação. Agora é hora de seguir novos caminhos e tocar meus projetos pessoais. Desejo sucesso a todos que ficam. Abraço, Inácio Cavalcante.” Em seguida, ele pediu permissão para deixar o grupo, conforme apurado pelo portal Metrópoles. + Leia mais notícias de Política em Oeste Indicado para o cargo pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), com quem era casado à época, Melo enfrentava resistência desde o início. Três associações de servidores chegaram a pedir, em ofício ao governo Lula , a rejeição de seu nome, alegando falta de experiência e formação em geociências, além do histórico de processos judiciais. https://twitter.com/marinahelenabr/status/1975651442082947398 Despesas de presidente de estatal incluem camarão flambado As denúncias ganharam força depois que notas fiscais mostraram que filhos de Melo ficaram hospedados em hotéis de Florianópolis e Maceió, entre janeiro de 2025, com despesas pagas pelo SGB. As duas viagens tiveram gasto total em torno de R$ 4 mil cada, apenas com hospedagem. Em Maceió, houve também o consumo de refeições como camarão flambado, brownies e hambúrgueres, detalhadas nos extratos do hotel. Melo alegou erro na emissão das notas e devolveu R$ 9,3 mil à estatal poucas horas antes de a empresa responder a um pedido feito pelo Metrópoles com base na Lei de Acesso à Informação. A devolução ocorreu no mesmo dia em que a coluna tornou públicas as irregularidades envolvendo recursos públicos. Além disso, o histórico do ex-presidente inclui a decretação de prisão pela Justiça do Maranhão, em 2021, devido à dívida de R$ 560 mil em pensão alimentícia relacionada ao primeiro casamento. O caso, somado às denúncias recentes, aumentou a pressão por seu afastamento do SGB. O post Presidente de estatal deixa cargo em meio a denúncias apareceu primeiro em Revista Oeste .