O ator Mark Ruffalo, de 57 anos, abriu o coração sobre um dos períodos mais difíceis de sua vida. Durante participação no podcast "Where Everybody Knows Your Name", da SiriusXM, exibido nesta quarta-feira (15), o artista falou sobre a morte de seu melhor amigo e como aprendeu a conviver com a própria depressão. Amigos de longa data: David Henrie, o Justin de 'Os Feiticeiros de Waverly Place', explica por que não foi ao casamento de Selena Gomez e Benny Blanco Leia também: Selena Gomez revela dificuldade em lidar com a felicidade: 'Casei e comecei a chorar' "Meu melhor amigo se matou quando eu tinha 20 anos", contou o astro da Marvel, emocionado. "Ele era meu maior companheiro, quase uma alma gêmea. O nome dele era Michael Darden. Um cara incrível, mas muito deprimido", relembrou. Ruffalo revelou que os dois compartilhavam suas angústias e que Darden era a única pessoa com quem conseguia falar abertamente sobre o tema. "Ele era o único cara a quem eu podia dizer 'eu te amo' nessa fase da vida. Nossa relação era uma conexão profunda, de irmão mesmo", descreveu o também produtor. A perda, disse o ator, foi um ponto de virada. "O suicídio sempre foi algo que me passou pela cabeça também, quando eu era jovem e deprimido. Mas quando vi o que isso causa em uma família e em quem fica, percebi o tamanho da destruição que deixa. É uma bomba que explode e devasta tudo ao redor. Então, decidi que viveria por ele. E hoje vivo por todos os que já se foram da minha vida", garantiu Ruffalo. Durante o papo com os anfitriões Ted Danson e Woody Harrelson, a estrela de Hollywood contou que buscou ajuda profissional, incluindo terapia e medicação, para aprender a administrar o transtorno. Mas foi a paternidade que, segundo ele, teve o maior impacto em sua recuperação. 'Le Désespéré': França expõe quadro pela primeira vez em quase 20 anos "Ter filhos mudou tudo. Não há tempo para se deprimir quando você precisa cuidar deles todos os dias", declarou o ator, que é pai de Keen, de 23 anos, Bella, de 20 anos, e Odette, de 18 anos. "Não dá pra dizer: 'hoje não dá, estou deitado o dia todo'. Você simplesmente não pode. Isso me fez levantar e seguir", refletiu. Além da família, Ruffalo afirmou que a estabilidade profissional também ajudou a aliviar o peso emocional. "O começo foi muito duro: as rejeições, o dinheiro curto, a luta para se sustentar como ator. Mas, com o tempo, as coisas foram melhorando", concluiu.