Operação mira esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro em 200 postos da Bahia

A Polícia Civil da Bahia deflagrou nesta quinta-feira uma operação contra um esquema de adulteração de combustível e lavagem de dinheiro por meio de uma rede de 200 postos de gasolina no estado. Mandados judiciais são cumpridos na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entenda: Megaoperação mira esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis; 350 são alvos 'Personal trainer do volante': como vai funcionar a nova profissão que governo quer criar com mudança na CNH "Os elementos colhidos ao longo das apurações indicam fortes indícios de que o grupo utilizava o setor de combustíveis como instrumento para ocultação patrimonial", destaca a Polícia Civil da Bahia. As investigações apontam que o esquema tem conexões com uma " uma organização criminosa originária de São Paulo". Em agosto, o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi alvo da megaoperação Carbono Oculto, que teve como alvos envolvidos em uma rede de fraudes no setor de combustível. Entre 2020 e 2024, o dinheiro da facção foi usado para importar o equivalente a R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel. Nos postos, que serviam para a lavagem de dinheiro, os combustíveis eram adulterados. O Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco) solicitou o bloqueio de R$ 6,5 bilhões em bens, imóveis e valores dos investigados. Segundo a Polícia Civil, isso "evidencia a expressiva dimensão financeira das atividades ilícitas atribuídas à organização". Participam da operação 170 policiais civis, além de funcionários da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).