O governo estadual do Rio de Janeiro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação de R$ 70 milhões, obtidos com acordos da Operação Lava-Jato, para investir em segurança, como a compra de viaturas, uniformes e coletes. O pedido foi apresentado na terça-feira, na ação conhecida como ADPF das Favelas, na qual o STF determinou uma série de medidas ao governo estadual, incluindo investimentos em segurança e aquisição de material. O relator atual do caso é o ministro Luís Roberto Barroso. Entretanto, ele ficará no STF apenas até o próximo sábado, porque decidiu antecipar a aposentadoria. A ação deverá ser redistribuída para o ministro que for indicado em seu lugar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os valores que o governo tenta liberar foram obtidos no acordo de delação premiada dos doleiros Marcelo e Renato Chebar, que fecharam acordo de delação premiada, e no acordo de leniência da Odebrecht. "Tais valores, resultantes do combate a práticas de corrupção e a organizações criminosas, serão destinados ao fortalecimento da segurança pública, promovendo um ciclo virtuoso de recuperação e reinvestimento em políticas públicas essenciais", argumenta o pedido. A divisão dos gastos seria a seguinte: Coletes Balísticos: R$ 30 milhões Reforma da Companhia do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças: R$ 19 milhões Viaturas: R$ 13 milhões Uniformes: R$ 8 milhões