Camila Arruda está presa preventivamente por matar o irmão com mais de 30 facadas Reprodução A Justiça do Acre determinou que Camila Arruda Braz, de 37 anos, acusada de matar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, com 37 facadas em Rio Branco, passe por um exame de insanidade mental. O objetivo é avaliar se ela tinha consciência do ato cometido no dia do crime, que ocorreu em junho deste ano, no Conjunto Tucumã. Com base no laudo, a Justiça decidirá se ela será levada ou não a júri popular. A decisão foi tomada após audiência de instrução que aconteceu no dia 9 de setembro na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca. O g1 entrou em contato com a defesa de Camila e aguarda retorno. Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Durante a sessão, o juiz determinou a suspensão do andamento do processo até a conclusão do incidente de insanidade mental, instaurado a pedido da Defensoria Pública (DPE-AC) com concordância do Ministério Público do Acre (MP-AC). A justiça manteve a prisão da acusada e destacou que não há fatos novos que justifiquem a revogação da custódia, considerando a gravidade do crime e o risco de reiteração. g1 no BDAC: Mulher acusada de matar o irmão a facadas tem audiência marcada em Rio Branco No dia do crime, Camila foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PM-AC) e, posteriormente, teve a prisão convertida em preventiva. Ela ainda está na penitenciária feminina da capital. LEIA MAIS: Acusada de matar irmão com mais de 30 facadas no Acre se torna ré por homicídio qualificado Mulher é presa em flagrante suspeita de matar o irmão a facadas durante discussão em Rio Branco Mulher que desferiu 37 facadas no irmão já tinha tentado matá-lo antes, diz parente: 'Premeditado' Ramon Arruda e Camila (esq.) com a mãe e as irmãs em abril deste ano durante ensaio fotográfico Reprodução Relembre o caso O crime ocorreu no dia 3 de junho dentro da casa onde Camila e Ramon moravam com a mãe, no Conjunto Tucumã, em Rio Branco. Segundo a denúncia do Ministério Público, Camila trancou as portas e janelas da residência antes de chamar o irmão ao quarto, impedindo que ele fugisse ou recebesse ajuda. A vítima foi atingida então por 37 facadas, sendo 12 no coração. A filha de Camila, de 6 anos, estava no local e presenciou o crime. A mãe da acusada, de 64 anos, não estava em casa no momento. Na denúncia aceita pela Justiça, o MP classificou o crime como 'homicídio qualificado cometido mediante traição, emboscada, ou dissimulação,'. Neste crime, trata-se do ato de Camila ter enganado o irmão, escondendo a intenção de matá-lo e também impossibilitando que ele se defendesse das facadas. Ramon Arruda Braz, de 41 anos, foi morto a facadas no dia 3 de junho Reprodução Conforme familiares, a acusada tem diagnóstico de transtorno bipolar e chegou a fazer tratamento no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), mas estava sem acompanhamento médico e sem tomar a medicação há algum tempo antes do crime. Em entrevista ao g1, uma parente da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, informou que Camila já teria tentado matar o irmão anteriormente. De acordo com o familiar os dois tinham uma relação conturbada e sempre discutiam muito. Ainda conforme a família, Camila alegou para a polícia que suspeitava que o irmão teria abusado da filha. Porém, os familiares negam a acusação e afirmam que Ramon cresceu em um lar com muitas mulheres e sempre foi um homem respeitador. VÍDEOS: g1