Após suas críticas a um empréstimo — bancado pelo governo federal — para cobrir o rombo de R$ 20 bilhões dos Correios, o deputado brasiliense Alberto Fraga recebeu dados adicionais sobre as origens do prejuízo que, segundo ele, resultam de uma política reincidente no PT. De acordo com as informações enviadas a ele, no início do atual governo o comando dos Correios foi cobrado pelo União Brasil. Coube ao partido o Ministério das Comunicações, e se pretendia que fosse “de porteira fechada”, ou seja, com controle integral de toda a sua estrutura. O próprio Lula vetou a ideia, alegando que os Correios têm grande peso simbólico, além de serem a única estatal com ramificações até nas regiões mais afastadas dos grandes centros. Assim, indicou pessoalmente o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, do PT. As diretorias da estatal foram divididas meio a meio entre PT e União Brasil. No segundo trimestre deste ano, o prejuízo da empresa chegou a R$ 2,64 bilhões — rombo que, mais uma vez, se estende ao seu fundo de pensão, o Postalis. No governo Dilma, o déficit do Postalis já se refletia nas aposentadorias pagas aos ex-funcionários, e o problema voltou a ocorrer. Lula já indicou um novo presidente para substituir Fabiano: Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, com passagem pela Previ — o fundo de pensão dos funcionários do BB —, outro alvo histórico de militância partidária no passado.