A discussão sobre a possível indicação de uma mulher para a vaga deixada pelo ministro Luis Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) explodiu nas redes e chegou a registrar mais de 1,2 mil menções por hora, é o que aponta relatório realizado pelo Instituto Democracia em Xeque. De acordo com o estudo, políticos e influenciadores de esquerda foram responsáveis por 70% das menções nas redes. Fernanda Torres, Anitta e Juliette: artistas engrossam campanha para que Lula indique uma mulher ao STF Entrevista: 'Desigualdade de gênero é déficit democrático', diz dirigente de entidade que pede nomeação de mulher no STF Na lista dos perfis com maior engajamento relacionado à pauta, também figuram personalidades como a atriz Fernanda Torres, a cantora e ex-BBB Juliette, a cantora Anitta e a apresentadora Gabriela Prioli, que liderou a movimentação digital sobre o tema e acumulou mais de 70 mil interações em apenas uma postagem no Instagram. Dentre os nomes ligados à política partidária, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) liderou o ranking de alcance total, com seu único post relacionado ao tema tendo sido distribuído para pelo menos 935 mil usuários no X. Initial plugin text Segundo o instituto, a terça-feira (14) liderou o comparativo diário sobre menções ao tema, iniciado na última sexta (10), com mais de 8,9 mil menções no total. 'Não é por falta de excelentes nomes' Diante dos principais nomes cogitados até agora, todos de homens, entidades ligadas à causa feminina divulgaram uma nota pública, na última sexta-feira, para pedir que uma mulher seja nomeada para o cargo, sugerindo uma lista com 13 possíveis nomes. Atualmente, o STF conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia, que está na Corte desde 2006 e tem previsão de se aposentar em 2029. Segundo as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça, a saída de Barroso "abre uma janela única" para que o STF se alinhe ao compromisso de promover a "igualdade na Justiça brasileira". De acordo com as entidades, é preciso promover um "debate profundo" sobre a baixa representação feminina em cargos de direção. "Não é por falta de excelentes nomes de mulheres que Lula deixará de indicar uma ministra para a Suprema Corte, reduzindo a constrangedora e histórica desigualdade de gênero", diz a nota. *Estagiário sob supervisão de Daniela Dariano