Jogador de futebol sofre atentado no Equador

A escalada de crimes que assola o Equador voltou a atingir o esporte. Na manhã desta quinta-feira, 16, o atacante Bryan Angulo, de 29 anos, foi baleado enquanto se dirigia ao treino da Liga Desportiva Universitária de Portoviejo, relata o El Diario NY . O jogador, ex-Cruz Azul, do México, foi surpreendido por dois homens em uma bicicleta que abriram fogo antes que ele chegasse às dependências do clube. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste O disparo atingiu uma das pernas de Angulo. Ele foi levado às pressas a um hospital da região e, segundo nota oficial do clube, encontra-se fora de perigo. “Graças ao rápido atendimento médico e ao apoio de seus companheiros, podemos confirmar que seu estado de saúde é estável”, informou a equipe. View this post on Instagram A post shared by LIGA DE PORTOVIEJO (@ldupoficial) O mesmo comunicado denunciou que outros atletas receberam ameaças relacionadas à partida do Campeonato Nacional de Acesso do Equador (Segunda Divisão), marcada para esta sexta-feira, contra o Búhos ULVR. “Liga Desportiva Universitária de Portoviejo informa à opinião pública, à imprensa e à torcida em geral que, lamentavelmente, o jogador Bryan Angulo Tenorio foi vítima de um atentado contra sua vida”, relata o clube. Depois do atentado, a Polícia Nacional anunciou a prisão de dois suspeitos. O caso está sendo investigado, e vídeos gravados por moradores mostram o momento em que agentes e torcedores ajudaram na captura dos responsáveis. A diretoria do clube pediu à Federação Equatoriana de Futebol e à Associação de Futebol de Manabí que reforcem a segurança do jogo para evitar novos episódios de violência, "dentro e fora do campo". O atentado contra Angulo é mais um episódio em uma sucessão de crimes que têm abalado o futebol equatoriano desde o fim de 2024. Em novembro daquele ano, o zagueiro Pedro Pablo Perlaza foi sequestrado em Esmeraldas e libertado dias depois, graças a uma operação policial. No início de 2025, Richard Mina, campeão pela LDU de Quito , foi baleado durante uma comemoração familiar. Pouco tempo depois, a mulher e o filho de Jackson Rodríguez, lateral do Emelec, foram sequestrados em Guayaquil. Violência do Equador no futebol A violência também fez vítimas fatais. Em setembro, quatro jogadores foram mortos em ataques distintos. No dia 10, um tiroteio em um hostal de Manta deixou mortos Maicol Valencia, de 25 anos, e Leandro Yépez, de 33, ambos do Exapromo Costa, equipe da segunda divisão. Segundo o clube, os dois morreram por estarem no local errado, na hora errada. Yépez chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. Leia mais: ''Vivo uma perseguição política', diz ex-vice-presidente do Equador" Poucos dias depois, Jonathan González, do 22 de Julio, também da segunda divisão, foi assassinado dentro de sua casa, no bairro Vista al Mar, em Esmeraldas. O ataque matou ainda seu amigo e cunhado, o também jogador Darío Batalla Quiñones. Os episódios refletem a crise de segurança que o Equador enfrenta. Facções ligadas ao narcotráfico disputam territórios e rotas de exportação de drogas, espalhando o medo por meio de extorsões, sequestros e assassinatos por encomenda. Jogadores de futebol têm se tornado alvos. Muitos vivem em regiões dominadas por esses grupos ou acabam se envolvendo involuntariamente em seus conflitos. A sequência de atentados contra atletas mostra que a violência, antes concentrada nas prisões e nas fronteiras, agora alcançou o esporte. O post Jogador de futebol sofre atentado no Equador apareceu primeiro em Revista Oeste .