Vale tudo: Como terminou a trama de Consuelo na versão original

Nada de 470% de aumento, muito menos vaga no conselho da TCA. A história de Consuelo no final de "Vale tudo" em 1988 foi bem diferente de 2025. Antes de mais nada, é preciso lembrar que a conceituação da secretária foi uma das principais mudanças feitas por Manuela Dias na trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Brassères. Há 36 anos, Consuelo, interpretada pela atriz Rosane Gofman, uma mulher branca, era irmã de Jarbas. Hoje, ela é uma mulher negra, papel que coube a Belize Pombal, e esteio de uma família, cujos filhos são Daniela (Jéssica Marques) e André (Breno Ferreira), seus sobrinhos na antiga versão (Paula Lavigne e Marcello Novaes, respectivamente). Dito isso, Consuelo — que manteve um comportamento austero e recatado durante toda a trama de 1988 — se encanta, na reta final, com Olavo (Paulo Reis), que tentou dar o golpe em Aldeíde (Lilia Cabral). Sem sucesso, o picareta, então, parte para cima da secretária da TCA, mas seu destino, no último capítulo, é a cadeia. Consuelo não desiste do amor e termina a novela deixando o moralismo de lado, visitando Olavo com suprimentos como cigarros, jornal, maçãs e bolo. Nada que o apeteça. Initial plugin text "E a grana, Consuelo? Grana!", ele pede. "Claro que eu trouxe", ela responde. 'Barriga' de jornal Em 1988, o ator Paulo Reis recebeu um roteiro em que ele era o assassino de Odete Roitman e conversou com uma repórter do jornal "A última hora", do Rio de Janeiro, sobre o assunto. A publicação, por sua vez. estampou na primeira página do dia 6 de janeiro, data do capítulo final da novela, que Olavo matou Odete, tendo como fonte o próprio ator. O que parecia um "furo" (notícia dada em primeira mão) nada mais foi do que uma "barriga" (um erro, ou, em tempos atuais, fake news). AO GLOBO, no dia 7 de janeiro, Paulo explicou que recebeu o texto na quarta-feira e deu uma entrevista à jornalista, "uma velha amiga", que se comprometeu a publicar apenas no sábado, quando a identidade já fosse revelada. — Soube então que se tratava de uma brincadeira para despistar a imprensa. Não sei se outros atores receberam falsos scripts também. Foi horrível ver a notícia estampada na primeira página do jornal.