Comlurb cria aterro para entulho e planeja reciclar resíduos da construção civil; saiba mais

A Comlurb inaugura, nesta sexta-feira, o primeiro aterro público do Rio, voltado exclusivamente para receber resíduos da construção civil. O principal objetivo da medida é tentar reduzir o volume de entulhos despejados irregularmente na cidade. A ação ocorrerá em paralelo com outra medida, que será monitorar, por câmeras instaladas no Centro de Operações Rio (COR), os pontos em que os despejos irregulares são mais frequentes. O local escolhido para o aterro fica no bairro de Gericinó, na Zona Oeste. 'Contra extorsão': projeto que cria operação para combater atuação de 'falsos flanelinhas' no Rio é aprovado na Câmara Municipal; entenda Soluções para o transporte público: projeto que transforma corredores do BRT em VLT é aprovado em primeira discussão pela Câmara do Rio — O COR está em processo de aquisição dessas câmeras. A decisão de ter um aterro só para entulhos também representa uma economia para os cofres públicos e ajuda a aumentar o tempo de vida útil do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, para onde vai o lixo da capital— explicou o presidente da Comlurb, Jorge Arraes. A escolha da área é considerada estratégica porque a Zona Oeste é a região da cidade onde são registrados mais casos de despejos clandestinos. Com 40,6 mil metros quadrados, o espaço tem capacidade para receber até 250 toneladas por dia de entulho, com limite máximo para acumular 480 mil toneladas de resíduos, o que seria suficiente para encher 128 piscinas olímipcas. O local pode ser ampliado em caso de necessidade, chegando a 111,3 mil metros quadrados A concentração dos entulhos em Gericinó, que fica em um terrro vizinho a um aterro sanitário da prefeitura desativado em 2014, tem ainda outro motivo. Com a concentração de todo o entulho em um único lugar, isso dará escala para a Comlurb contratar uma empresa especializada em reciclagem desses detritos em um conceito de economia circular. O material servirá para produzir agregados da construção civil (areia e pedra britada), usados na fabricação de cimento e argamassa. Hoje, o descarte legalizado dos detritos funciona da seguinte forma. Empresas especializadas em coleta de entulhos levam o material em caçamvas para estações de transferência em Jacarepaguá, Caju, Santa Cruz, Marechal Hermes e Bangu. A partir desses pontos, carretas contratadas pela Comlurb transferem esses resíduos para Seropédica, gerando custos pelo consumo de combustível e locação dos veículos. Além disso, descarte final em Seropédica sai por R$ 82 a tonelada. A rotina da coleta de entulho nos chamados eco-pontos, localizados geralmente perto de comunidades, não será alterada, já que a responsabilidade pelo descarte final continuará com a Comlurb. Outra medida adotada para controlar os entulhos começou a ser aplicada na semana passada. As caçambas usadas na coleta por empresas legalizadas passaram a ser monitoradas pela Conlurb de forma digital.. A ferramenta permite acompanhar, em tempo real, a colocação e retirada das caçambas. Cada uma delas poderá permanecer em uma rua por até 48 horas. O sistema indicará, por cores, o prazo de uso: verde até 24h, amarelo até 48h e vermelho após esse limite — quando já poderá ser removida pela fiscais. Nesse caso, a empresa poderá emitir notificações, aplicar multas de até R$ 1.925,84 e até mesmo apreender as caçambas. Em caso de apreensão, o proprietário ainda terá que pagat uma taxa de R$ 111,21 por metro cúbico, além de diárias de R$ 18,98 por metro cúbico. Caso os valores não forem pagos em até 30 dias, a caçamba passa a ser propriedade da Comlurb.